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terça-feira, 23 abril 2024

O capelão e sua importância para nossa sociedade

Os capelães atuam para amenizar as dores nos momentos difíceis que cada ser humano passa em suas vidas, de tal forma a evitar prejuízos irreparáveis à vida

Por Sergio Junger

Séculos passados, principalmente em período de guerra, a Capelania já era uma “ferramenta” muito utilizada pelo homem para dar assistência e amparo a outros, que naquele momento, se fazia necessitado de algum tipo de atenção.

Ao longo deste tempo, entendeu-se que não somente em período de guerra, mas em toda sua vida, pessoas passam por momentos de necessidades: material, física, mental, espiritual e outras…Desta forma, a Capelania vem desenvolvendo um trabalho voluntário junto ao ser humano, não somente no Brasil, mas por toda parte do mundo.

No Brasil, na segunda guerra mundial, a Força Expedicionária Brasileira (FEB) tinha seu Capelão, que atuou fortemente no acolhimento, amparo, aconselhamento ao sofrimento dos envolvidos diretamente naquele evento mundial.

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Temos também como exemplo, em 2001 quando as “torres gêmeas” caíram, nos Estados Unidos, e naquele momento foram mortas aproximadamente três mil pessoas. O sofrimento de seus familiares foi algo imediato, e considerando que cada pessoa tem ao seu redor por volta de cinco pessoas de sua família ligadas diretamente a esse que perdeu a vida, então, estamos falando de aproximadamente 15 mil pessoas precisando de um amparo mental, físico e até espiritual.

Antes da pandemia, as estatísticas mostram que aproximadamente 15 milhões de pessoas passavam anualmente pelos hospitais públicos e privados do país, também necessitando de atenção mental, física e espiritual.

Nos presídios, nos últimos números divulgados, temos 700 mil internos, no Brasil, em cumprimento de suas penas. Considerando direta e indiretamente ligados a esses internos, temos cinco pessoas de sua família, sendo no total, algo em torno de 3 milhões e 500 mil pessoas precisando deste amparo sócio-espiritual.

Assim, os capelães atuam neste cenário, afim de amenizar as dores destes momentos que cada ser humano passa em suas vidas, de tal forma, a evitar prejuízos irreparáveis à vida, fazendo o acolhimento, aconselhamento, a orientação e o direcionamento, sem qualquer cunho terapêutico ou de uma função de pastor.

Em sua maioria, os capelães são voluntários que se dispõe a ajudar o próximo em um ato de amor. Mas ele passa por um curso de capacitação em Capelania, que tem o objetivo de preparar essa pessoa a compreender, a sentir a dor do outro, a ter a empatia, e por sua vez, colocando-se à disposição deste trabalho voluntário.

Ainda em outros países, como nos Estados Unidos, a capelania capacita pessoas para atuar voluntariamente em ações de resgate, catástrofes e em defesa de escolas e igrejas. Em nosso país, os capelães atuam fortemente na capelania hospitalar, carcerária, social, humanitária, nem sempre com cunho religioso, mas dispostos a servir.

Sergio Junger é Teólogo, pós-graduado em Ensino Religioso e em Capelania, psicanalista em formação, além de Professor universitário.

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