Encerrado o Jesus Vida Verão 2011, o prefeito de Vila Velha, Neucimar Fraga, fala com exclusividade à Revista Comunhão sobre o evento e promove um balanço de sua gestão, que caminha para o terceiro ano. Além disso, Neucimar comemora avanços na administração, como a aprovação do Código Ambiental, que autoriza a cidade a realizar seus próprios licenciamentos ambientais, e o fechamento de 2010 com as contas quitadas. Confira. 

Qual é a importância do Jesus Vida Verão para a cidade de Vila Velha?
Este é um projeto que acompanho desde sua primeira edição. Agora, tenho a satisfação de participar efetivamente como prefeito da cidade. O Jesus Vida Verão já faz parte do calendário do município e está na agenda cultural e religiosa do Estado. Ele está inserido como um dos grandes eventos religiosos e turísticos do Brasil, atraindo visitantes de todo o País, servindo inclusive como uma ferramenta de inclusão social. A Prefeitura de Vila Velha sempre esteve presente no Jesus Vida Verão e a cada ano essa presença é maior, no apoio e na organização, através de serviços oferecidos pela municipalidade. Também cuidamos da ordem do trânsito, zelando inclusive pela segurança e pela limpeza, proporcionando, assim, um evento onde realmente se propague a cultura da paz e o Evangelho de Jesus Cristo.

Essa parceria vai se prolongar nos próximos anos de sua gestão?
Essa parceria vai continuar, mesmo porque a cada ano o Jesus Vida Verão tem novas demandas que exigem a contribuição da prefeitura. O público é cada vez maior e cada vez mais a estrutura do Jesus Vida Verão vem se modernizando para atender às expectativas dos participantes. Por isso, é necessário que o município se faça cada vez mais presente para que nós possamos manter a qualidade do evento, e para que as pessoas se sintam cada vez mais atendidas.

Com relação à administração municipal, a Prefeitura de Vila Velha vem implantando um novo modelo de gestão, que possibilita a transformação da cidade. Qual o impacto disso para a população?
Estamos transformando Vila Velha numa cidade moderna, com oportunidades de crescimento para todos. Para isso, é preciso uma gestão eficiente, transparente, com foco nas necessidades da população. E para que possamos ser eficientes é importante que tenhamos ferramentas mais eficazes de gestão. A unificação da prestação de serviços em um único prédio permitiu que fizéssemos investimentos em tecnologia, prestando um melhor serviço ao público. Isso trouxe também economia, agilidade no fluxo de processos e a possibilidade de divulgação de todos os atos da prefeitura na internet. Assim, asseguramos a garantia de qualidade na prestação de serviços públicos, com benefícios para todos.

A modernização é uma diretriz de governo? Qual é o próximo passo para que Vila Velha tenha, de fato, uma gestão moderna?
Já iniciamos esse processo desde que assumimos, em 2009. Otimizamos o sistema de arrecadação e lançamos um programa de parcelamento de débitos, o Propaf, que vem aproximando a população da administração. O próximo passo, que já foi iniciado, é o processo de instalação de novas empresas no município. Neste sentido, foi importante a criação do Código Ambiental de Vila velha, para que possamos conceder diretamente, sem burocracia, as licenças ambientais necessárias para a abertura de novos empreendimentos na cidade. Em todas as áreas da prefeitura, estamos implementando um modelo de gestão que está permitindo realizar as mudanças que a cidade precisa.

O que o cidadão de Vila Velha pode esperar para este ano? Quais serão as novidades no município em 2011?
Vila Velha é hoje o maior canteiro de obras do Espírito Santo. São quase R$ 500 milhões em obras, investimentos públicos que a cidade vem recebendo com recursos federal, estadual e municipal em diversas áreas, como infraestrutura, pavimentação de ruas, tratamento de esgoto, construção de escolas e de unidades de saúde, implantação de quadras esportivas e muitos outros. A cidade está abandonando o título de cidade dormitório para se tornar uma cidade atrativa para o turismo, preparada para o crescimento e o desenvolvimento econômico. Vila Velha desponta como uma cidade de maior aposta para os próximos anos para moradores, visitantes e investidores.

O que a cidade tem feito para atrair investimentos?
Fizemos uma pesquisa que originou um plano de desenvolvimento sustentável. Esse plano focou as principais áreas econômicas e seus potenciais. Através desse estudo, estamos implantando um projeto de desenvolvimento econômico focado no turismo, nas atividades portuárias e no novo polo industrial de Vila Velha.
Estamos trabalhando a ampliação da Zona Portuária para a região chamada Enseada de Jaburuna, que vai aumentar em quase três quilômetros a capacidade de cais e atracamento de Vila Velha. A cidade entrou na disputa para implantação de um porto de águas profundas e também pela implantação do aeroporto de cargas ou geral para o município.
Isso tudo além da mudança do Plano Diretor Municipal (PDM), que torna a cidade atrativa para a construção de salas comerciais. Só em dezembro foram aprovados mais de 56 mil metros quadrados de construção de salas comerciais em Vila Velha.

Faça uma avaliação desses dois anos à frente de uma das cidades que mais cresce no Estado.
Nesses dois primeiros anos de governo, alcançamos muito mais do que almejávamos. Havia muitos projetos e planos que queríamos alcançar dentro de quatro anos de governo e que conseguimos em dois.
Destaque para a pavimentação e drenagem de todas as ruas de Cobilândia, o viaduto da Darly Santos e a alça da Terceira Ponte. Temos como desafio tratar o esgoto de Vila Velha. Já estamos chegando a quase 50% de esgoto tratado – antes, eram 14%. Além disso, estamos construindo mais oito escolas e já garantimos no orçamento do Estado e da União a construção de 10 novas unidades de saúde. Somente nos primeiros 90 dias de 2011, teremos investimentos em obras de aproximadamente R$ 100 milhões.

É verdade que a Prefeitura de Vila Velha encerrou o ano de 2010 com as contas quitadas?
Encerramos 2010 com as contas em dia e com saldo de R$ 100 milhões para 2011. Isso é motivo de satisfação. Somos uma cidade com uma das piores receitas per capita do Espírito Santo. Temos a maior carteira de investimentos públicos do Estado e estamos com as contas em dia e dinheiro em caixa para as obras já contratadas ou em fase de contratação.
Conseguimos isso porque fechamos o ralo da corrupção dentro da Prefeitura, utilizando ferramentas modernas e eficientes para evitar o desperdício de dinheiro público. Melhoramos a nossa legislação para atrair novas empresas. Tudo isso somado à atuação e à autoestima do vilavelhense, que tem contribuído para o desenvolvimento da cidade.

O senhor construiu um diálogo positivo com o ex-governador Paulo Hartung. Com o governador Renato Casagrande esse diálogo tende a continuar?
Um dos compromissos de meu de governo era tirar Vila Velha do isolamento político. Acabamos com isso e nos aproximamos dos governos estadual e federal. Com o novo governo, esperamos que essa relação se intensifique. A expectativa é de que tenhamos uma atenção especial do governo, tendo em vista que estamos na cidade mais populosa do Estado, uma cidade bonita que, nos últimos 20 anos, sofreu com a briga entre governantes municipais e estaduais. Vivemos um novo momento e estamos avançando.

Como é ser cristão e administrar uma cidade como Vila Velha? A responsabilidade é ainda maior?
É um grande desafio. Não só para mim, mas para qualquer governante. Coloco-me à disposição para ser usado como agente de transformação da sociedade. É o que diz Romanos 12:2: “Não vos conformeis com tudo isso, mas transformai pela renovação de vosso entendimento”. Como uma pessoa inconformada, coloquei-me como agente de transformação. E estamos transformando Vila Velha numa cidade boa para moradores, visitantes e investidores.