Enquanto os enfeites e presentes marcam a época e surgem por todos os lugares, o Natal continua sendo um convite ao nascimento de Cristo nos corações
Por Patrícia Esteves
O Natal chega como um dos momentos mais esperados e, muitas vezes, mais atribulados do calendário. Entre a correria para comprar presentes, as festas de confraternização e os enfeites brilhantes que adornam as cidades, é fácil perder de vista a essência da celebração. Contudo, mais do que árvores iluminadas e propagandas festivas, o Natal carrega um significado profundo que transcende o material: é a comemoração do nascimento de Jesus Cristo, o Salvador.
Para o pastor Francisco Parisi, da Igreja Batista Adonai, no bairro Cidade dos Funcionários, Fortaleza/CE, a reflexão nesse momento é essencial. “Vivemos numa sociedade em que a simbologia do Natal é usada para atrair o consumo, e isso acaba roubando o sentido verdadeiro. Jesus nasceu para nos reconciliar com Deus, e é isso que devemos celebrar”, enfatiza.
Ele destaca que a busca pelo verdadeiro Natal começa na compreensão de que Cristo deseja nascer diariamente nos corações, assim como descrito em Isaías 9:6, que o apresenta como o “Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade e Príncipe da Paz”.
Esse nascimento, segundo o pastor, não se limita a um evento histórico, mas é um chamado contínuo para que cada pessoa viva uma transformação espiritual. “Jesus não está apenas nos enfeites ou nas músicas natalinas. Ele precisa ser o centro da celebração, o centro da nossa vida. Quando entendemos isso, o Natal ganha um significado muito maior”, explica.
O frenesi das festas faz com que se perca a oportunidade de refletir sobre como o nascimento de Cristo impacta cada um pessoalmente. Francisco Parisi alerta que o “verdadeiro Natal” é também uma oportunidade de reencontro com Deus. “Se ainda não houve espaço para Jesus nascer em seu coração, agora é o momento. Ele veio para nos dar vida com propósito e esperança”, reflete.
A narrativa bíblica reforça que não houve lugar para Maria e José na estalagem (Lucas 2:7). Esse detalhe, aparentemente simples, carrega uma mensagem profunda sobre as prioridades humanas, segundo o pastor. “Muitas vezes, nossas vidas estão tão cheias de compromissos e preocupações que também não há espaço para Jesus”.
O pastor Francisco sugere que o mês que antecede o Natal seja marcado por uma pausa intencional para refletir. “Não se trata apenas de olhar para o que passou, mas de se perguntar como Jesus tem iluminado o caminho que você está trilhando. Essa é a luz que deve guiar o novo ano que está chegando”, ensina.
O pastor Francisco destaca que, assim como os pastores que foram ao encontro do recém-nascido em Belém, cada pessoa é convidada a se aproximar de Cristo com simplicidade e reverência. Para ele, o nascimento de Jesus, celebrado no Natal, é mais do que uma tradição festiva; é um chamado a viver diariamente a renovação que Ele oferece. Ao encerrar sua reflexão, ele incentiva todos a, enquanto contemplam as luzes e decorações típicas da época, também reservarem um momento para olhar para dentro de si. “É ali que Jesus deseja habitar, trazendo paz, esperança e significado para a jornada que está por vir”, afirma.