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sexta-feira, 29 março 2024

Não tenha medo de ter medo

O medo que é vencido pelo amor chama-se coragem

Diferente do que popularmente se afirma, o medo não é sinal de fraqueza. O medo é o instrumento que o ser humano dispõe para prevenção e proteção. O medo, é o que diríamos, vem como item de fábrica. Quando nascemos, esse instrumento já está instalado em nós. Para o nosso bem.

Mas o problema está na distorção, no desequilíbrio do sentimento. Que se transforma num medo psicopatológico. Ou seja, a fobia. Assim, chamamos de medo realista, o sentimento que nos invade de precaução, prevenção, defesa e de cuidado diante de um fato real. O medo doentio é a preocupação exagerada e as defesas reativas a algum tipo de ameaça imaginária. E de onde vem esse medo? Das reações exageradas. Determina-se, então, que a maneira de reagirmos à ansiedade, determina o tipo de desordem que se instalará. E passará a ser o comportamento costumeiro da pessoa.

Portanto, o medo é um subproduto da ansiedade. É determinado pela nossa forma reativa a algum tipo de ameaça. O Criador nos dotou de certas capacidades que nos ajudam a viver melhor: luta pela sobrevivência, necessidade de segurança, busca de um significado na vida, realizações que trazem satisfação e sentimento de reconhecimento de valor. Todas essas coisas vêm através de padrões naturais. Quando exageramos nas necessidades dessas coisas é o sinal de que o medo, como doença, está instalado.

Há muitas teorias sobre a origem desse quadro doentio. Mas a que melhor acolhemos é que o medo reativo (fobia), é determinado pelas influências pedagógicas que usamos para nos defender em determinadas situações. Essas reações podem ser aprendidas nos exemplos dos pais ou de pessoas importantes para nós ou simplesmente de circunstâncias que enfrentamos. A característica mais comum que identifica o medo é o esforço que se faz para evitar o enfrentamento da situação. Isto é, a paralisia. Quem tem medo de elevador, vai de escada. Um amigo, com medo de avião, foi para São Paulo de ônibus.

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Esse é um quadro de intenso sofrimento porque traz limitações. A pessoa com medo não se arrisca a fazer coisas novas. E muitas outras que são corriqueiras passam a ser evitadas. E como podemos evitar e tratar desse problema?

A ideia é buscarmos um remédio desde cedo. Um tipo de vacina. A Bíblia diz que o amor a Deus é essa vacina. “Deus é amor, e quem permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele. À medida que permanecemos, nosso amor se torna mais perfeito[…]Esse amor não tem medo, pois o perfeito amor afasta todo o medo. Portanto, aquele que sente medo não tem em seu coração o amor totalmente verdadeiro, porque o medo mostra que há o castigo”. 1 Jo 4:16-18(NVT/NTLH)

Aos pais, recomendamos um cuidado especial na forma de apresentarem os perigos aos filhos. Sem alardes ou exageros. Especialmente sem raiva, após, por exemplo, uma situação de quase atropelamento. Ensinar em palavras e exemplo o sentido do amar. Para os adultos, cuja vida é ameaçada pelo medo, sugerimos tratamento psicológico. Para desfazer as origens e clarear a realidade. Entretanto, o amor é sempre o melhor remédio.

Não tenha medo de ter medo, porque onde e quando você estiver, o amor de Deus estará cobrindo você de coragem.

Erasmo Maia Vieira é Pastor e psicólogo

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