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segunda-feira, 14 DE outubro DE 2024

Não há mais verdade!

Por José Ernesto Conti

Por muitos milênios, a humanidade sempre teve a petulância de classificar os atos, ações, declarações, definições ou meras opiniões de forma dicotômica: verdade ou mentira, certo ou errado, bom ou mal. Isso não mais existe! Finalmente a humanidade está livre das amarras éticas e morais de ter que definir as coisas com base nos princípios judaico-cristão. Foi penoso, ou melhor, está sendo penoso se livrar dessas amarras depois de tantos milênios vivendo nessa dicotomia onde a palavra final vinha de uma divindade que finalmente perdeu sua relevância no mundo moderno.

Na verdade, Isaías, um profeta de Israel, que viveu 600 AC, até imaginou que esse dia chegaria em que a humanidade ficaria livre e como prova dessa liberdade, chamaria o mal de bom, o escuro de claro, o doce de amargo (1s 5:20). Levou 2.600 anos para que a humanidade conseguisse essa proeza. Mas chegamos lá.

O que está assustando não é a mudança, mas sim a velocidade com que os agentes formadores de opinião estão descarada e irreverentemente empurrando goela abaixo essa mudança em nossa sociedade. Por exemplo: quando um terrorista do Hamas mata uma criança judia, isso é autodefesa. Quando um judeu mata um terrorista do Hamas, é humanamente inaceitável. Quando alguém ideologicamente mente, é só uma declaração infeliz, mas quando alguém ideologicamente de direita (radical) fala uma verdade, é politicamente incorreto e precisa ser condenado pelo STF. Quando um traficante mata um policial, é, … mas se um policial mata um traficante, é assassinato com requintes de crueldade. Quando a Amazônia queimava há 2 anos atrás era o fim dos tempos, hoje, a Amazônia está debaixo de fumaça e a ONG da ministra gastou 80% da verba que recebeu do governo em passagens e viagens e a Amazônia está salva. Conclusão: a verdade de ontem não é (ou é?) a mentira de hoje (e vice-versa).

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Estamos no “Estágio 2” da ideologia, ou seja, se a ideologia é a capacidade que temos de definir os atos e ações da forma como eu quero definir, o Estágio 2 é garantir que essa minha nova definição torne-se inquestionável, não importando o quão diferente ela é em relação ao que foi definido há 2 minutos atrás. O Estágio 2 ainda possui uma nova qualidade: nada me obriga a que o que achava ser bom há 2 minutos atrás, tenha que achar bom daqui a 2 minutos. O Estágio 2 da ideologia é quando juntamos a democracia relativa à opinião fluida.

Sei que muitos obtusos dirão que isso é loucura, que desde que mundo é mundo, nunca foi assim, que certo e certo e que mudar isso é subverter e corromper a história. Coitados! Quem pensa assim são dinossauros que se esqueceram de virar piche! Quantas vezes teremos que dizer: Pare de Sofrer, não há mais verdade!

Quanto mais rápido você entender isso, mais “feliz” viverá. Depois que a humanidade sobe (ou seria, desce?) mais um degrau, ela não volta ao estágio anterior, mesmo quando vemos que mudança atual, na verdade, foi um grande triplo twist carpado na ética. Só não me pergunte onde esse salto nos levará, pois nem o diabo saberá responder. Mas que ele (o diabo) está feliz, isso é indiscutível.

Para os obtusos, retrógrados, descontextualizados, fundamentalistas, gostaria de dar um conselho? Respirem fundo e relaxem. Agradeçam a Deus (se é que você ainda acredita nele) por estar agora, no início desta mudança, pois se Isaías estiver certo, esse “câncer” vai dar metástase e nossa humanidade vai apodrecer, se tornar tão fedorenta que estou com pena dos urubus, que dirão que tudo que está escrito acima mentira, ou verdade?

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