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quinta-feira, 18 abril 2024

Na Estrada com Eyshila

“Cada vez que Deus me dá uma canção, ela vem como resposta de oração. a música é uma conversa com Ele, é uma fala, um desabafo, uma resposta, uma carta para o Pai”

Eyshila é um nome bastante conhecido no circuito gospel, com 17 CDs gravados na carreira, fora aqueles feitos em parceria. Desta vez, sua estrada percorreu uma trajetória diferente durante a preparação do álbum, “Deus no Controle”, gravado pela Central Gospel Music: o caminho dos Estados Unidos, onde foram feitas a produção, a gravação de bases e a mixagem do projeto.

A ideia foi do produtor Paulo César Baruk, responsável por outro disco da artista, “Sonhos Não Têm Fim”, em 2011, um sucesso que fez com que retornasse a trabalhar com a cantora. “PC Baruk é meu amigo, um grande produtor e querido da minha família. Já tinha feito um CD meu e, desta vez, ele optou por fazermos as bases e as mixagens nos Estados Unidos, mas coloquei a voz aqui no Brasil. Foi uma experiência nova para mim, porque pude interagir com outros adoradores, outros músicos. Foi uma bênção”, conta. Além da preparação do álbum, todos os clipes (quatro) foram feitos também nos Estados Unidos, aproveitando a viagem para o registro das bases. “Não foi premeditada minha viagem para lá. Na época conhecemos uma produtora maravilhosa, a BME Multimídia, e descobrimos que eles são muito criativos.

Gostei muito de vários clipes que eles fizeram, fiquei apaixonada pelo trabalho deles. Como eu estaria lá cantando, optamos por gravar dois clipes, acabamos fazendo quatro: ‘Deus do Controle’, ‘Simplesmente Te Adorar’, ‘De Tal Maneira’ e ‘Lugar de Vida’, uma canção que retrata o cotidiano de uma família que adora a Deus, que busca ao Senhor, enfatizando o poder da unidade do lar na presença de Deus”, ressalta. “Deus no Controle” possui 13 faixas e é praticamente todo autoral, com exceção de duas versões, uma canção do pastor Massao e outra de Baruk. Ou seja, nove músicas foram escritas por Eyshila. O álbum tem a participação especial de David Quinlan, Cassiane, Baruk e Coral Resgate. “Cada vez que Deus me dá uma canção, ela vem como resposta de oração.

A música é uma conversa com Ele, é uma fala, um desabafo, uma resposta, uma carta para o Pai. ‘Deus no Controle’, que deu título a esse CD, por exemplo, veio num momento de muita dificuldade, muita crise, de decisão, momento em que meu marido me colocou no centro da sala, segurou no meu braço, olhou no meu olho e disse: ‘Acredita que Deus está no controle, acredita!’ De uma situação que nós estávamos vivendo e daquela palavra profética na minha vida, eu fui para o quarto orar, e Deus me deu essa canção. Eu não sabia que seria título do CD, mas ela acabou puxando todo o disco. A partir dali eu comecei a adorar a Deus, a buscar ao Senhor, e nasceram ‘Simplesmente Te Adorar’ e ‘De Tal Maneira’, que fala sobre o amor de Deus, e cada canção veio dentro dessa visão de Deus como centro de tudo, no controle da minha vida, desse trabalho, do meu ministério, da minha família”, explicou. Eyshila começou a cantar aos 15 anos, depois de uma fase marcada pela doença grave da mãe aos seus 3 anos, que quase fez com que ficasse órfã.

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Foi com ela que aprendeu a cantar, de quem herdou a voz para seu trabalho. O pai, o pastor Antonio Oliveira, sempre a incentivou, ensinando-lhe as coisas de Deus. E com ele vieram os estudos, o aprendizado, que a fizeram se tornar compositora. O ministério teve início com o Altos Louvores, onde conviveu com três formações por sete anos. Em 1995 ela deixou a banda e seguiu em carreira solo, numa saída cheia de nostalgia, pois gostava muito de cantar no grupo. Naquele mesmo ano, a cantora casou com o pastor Odilon Santos, e gravou o primeiro CD, “Glorificando”, pela Som e Louvores.

Ouça Eyshila e outros grandes nomes da música gospel na Radio Comunhão

Um ano depois, assinou o contrato com a MK Music e recebeu um convite para participar de um projeto em espanhol em um trio com Fernanda Brum, com quem mantém uma grande amizade até hoje, e Marina de Oliveira. A artista aceitou e sugeriu que o convite fosse estendido à sua irmã, Liz Lanne, e a Jozyanne, sua atual parceira de gravadora. Assim, formaram um quinteto, o Voices, que, em 1997, apresentou o álbum “Colores Del Amor”. No mesmo ano, ela gravou o CD solo “Tira-me do Vale”.

O CD espanhol do Voices rendeu ao quinteto um lançamento internacional em Los Angeles, nos Estados Unidos, e o desejo de fazê-lo também em português. Foram ao todo 11 CDs e dois DVDs, além de coletâneas seguindo paralelamente aos seus trabalhos solos. Em 1999, Eyshila lançou “Mais Doce que o Mel”, dois anos depois, “Deus Proverá”, recebendo o primeiro Disco de Ouro com “Na Casa de Deus” em 2003, com mais de 100 mil cópias vendidas. “Terremoto” veio em 2005, dando-lhe a primeira indicação ao Grammy Latino , na categoria “Melhor Álbum de Música Cristã em Língua Portuguesa” e faturando o Disco de Platina.

Naquele mesmo ano, ela gravou o seu primeiro ao vivo, “10 Anos Collection”, lançado em 2006. “Até Tocar o Céu” chegou ao mercado em janeiro de 2007, com DVD ao vivo, gravado em Fortaleza, no Ceará, sua terra natal. Ainda pela MK Music gravou os CDs “Amigas” 1 e 2, em parceria com Fernanda Brum,” “Nada Pode Calar um Adorador” e “Sonhos Não Têm Fim”. Em maio de 2012, a cantora fechou contrato com a Central Gospel Music, por onde gravou “Jesus, o Brasil Te Adora”, e, agora, “Deus no Controle”.

Eyshila perdeu o filho Matheus, de 17 anos em 2016, por encefalite herpética. “O Senhor deu, o Senhor tomou. Louvado seja o nome do Senhor. Obrigada a todos que nos cobriram com suas orações. Ele está com o Senhor! Não cabe a nós questionar. Salmos 116:15 – Preciosa é à vista do Senhor a morte dos seus santos. Um dia nos veremos Matheus. Na eternidade eu vou te ver. O céu é de verdade. Jesus venceu a morte. Matheus está vivo. Jesus vive”, escreveu Eyshila em uma mensagem emocionada em suas redes sociais.

Também em 2016, a cantora lançou o álbum “o Milagre sou eu”, cuja música título do disco é em homenagem ao filho de Eyshila. Todo o trabalho foi gerado em cima desta perda irreparável para uma mãe. O tom melancólico do álbum mostra a perda e a superação, com mensagens de cura e perseverança. O álbum também conta com a participação de Lucas Santos, filho da cantora, nas faixas “O Milagre Sou Eu” e “Saudade”.

Esta matéria foi publicada originalmente em 3 de Agosto de 2015, no portal da Revista Comunhão e atualizado pela Redação. As pessoas ouvidas e/ou citadas podem não estar mais nas situações, cargos e instituições que ocupavam na época, assim como suas opiniões e os fatos narrados referem-se às circunstâncias e ao contexto de então.

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