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quinta-feira, 28 março 2024

Mulheres cristãs e o vício em pornografia

Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis. A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos.” Tiago 5.13-16 || Foto: unsplash

“A moça amadurece odiando o espelho, aprende a lidar com a própria sexualidade de maneira superficial e, quando casa, não consegue sentir prazer com o cônjuge”

Por Marlon Max

No fim de 2020, o coletivo Benditas, em parceria com o Invisible College realizou uma pesquisa online com mais de 5,6 mil participantes falantes da língua portuguesa em busca de maior compreensão sobre a sexualidade da mulher cristã contemporânea. O objetivo é desenvolver materiais de apoio que as auxiliem em suas principais áreas de necessidade, dúvida ou interesse.

O grupo pretende com essa iniciativa servir às igrejas e ministérios paraeclesiásticos de maneira que suas ações estejam de fato alinhadas com a realidade da mulher cristã que vive os desafios do século 21, e não baseados em “estereótipos e achismos”, como os pesquisadores definem.

Uma das áreas avaliadas foi o consumo de pornografia e masturbação. Os dados coletados pela pesquisa demonstraram que 65,85% das mulheres já fez ou faz uso eventual de material pornográfico, como vídeos, filmes, livros e outros. Esse número corresponde a mulheres de várias faixas de idade, dos 13 aos 70 anos, mais especificamente, espalhadas pelo Brasil (88,94% das participantes são brasileiras), Portugal (9,43% são portuguesas) e outros 26 países.

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Comunhão já abordou outros aspectos da pesquisa. Leia mais:

A pesquisa mostra que, basicamente, mulheres falam (ou ouvem) sobre virgindade e homens sobre pornografia. Os dados coletados em nossa pesquisa, porém, demonstram que para as mulheres e adolescentes das duas últimas gerações (apelidadas de Geração Z, que nasceu entre 1995 e 2010, ou seja, de pessoas até 25 anos e Geração Y, as millenials, nascidas entre 1980 e 1995), a ideia de que mulheres cristãs não consomem e muito menos viciam-se em pornografia é um estereótipo equivocado, de acordo com a pesquisa.

Já fez ou faz uso de material pornográfico?

Idade
60 a 80 anosjá fiz
Faço uso eventual
0,16%
0,30%
25 a 40 anosjá fiz
Faço uso eventual
4,47%
3,54%
10 a 25 anosjá fiz
Faço uso eventual
__________
Total
39,44%
6,22%
_______
47, 71%

Os dados com mais critério, levam a constatação de que as coisas estão muito diferentes do que há apenas 20 anos e torna-se alarmantes. O consumo de pornografia por mulheres de até 25 anos é quase 36,74% mais alto do que a da geração anterior (nascida entre as décadas de 1980 e 1995), e 974,3% maior se comparado com a geração de suas mães (ou de mulheres nascidas entre as décadas de 1960 e 1980).

Prazer sexual

mulheres
Foto: unsplash

Outros dados também chamam a atenção. Entre as mulheres que responderam, 52,51% afirmam enfrentar dificuldades em sentir prazer sexual. Essa estatística contempla particularmente mulheres casadas, mas é uma realidade também para a geração Z.

Além disso, entre as participantes, 59,4% responderam que não se sentem atraentes ou apenas ocasionalmente.

“O que esses números têm em comum? Muita coisa. As mulheres em nossas igrejas estão, em grandes números e diferentes faixas etárias, lutando com problemas sexuais graves e uma percepção pessoal baixa de si mesmas. Quando casadas, têm dificuldades em sentir prazer. A grande maioria luta para gostar do que vê no espelho e muitas, especialmente as mais jovens, recorrem para o sexo em terceira pessoa que a pornografia oferece para encontrar alguma satisfação. A moça amadurece odiando o espelho, aprende a lidar com a própria sexualidade de maneira superficial e impessoal, e, quando casa (40,12% das participantes são casadas e 57,81% são solteiras) não consegue ou tem dificuldades em sentir prazer com o cônjuge”, destaca Cecilia Reggiani do Coletivo benditas.

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