Para escapar de um incêndio no prédio em que mora, no interior do Paraná, Janete Martin jogou as 3 crianças pela janela e em seguida, se jogou. Todos se salvaram. “Amo muito as crianças, são minha vida”, disse a avó
Uma família de São José dos Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba, passou por um grande susto na última sexta-feira, 8. Após um incêndio no primeiro andar do condomínio, uma avó e três netas ficaram presas no apartamento do quarto andar. Sem outra alternativa, a mulher jogou as três crianças pela janela e depois pulou.
“Foi a única solução, pois a fumaça tomou conta e as menininhas já estavam mole, sem condições até de parar em pé dentro de casa. Eu amo muito as crianças. Elas são minha vida”, declarou Janete Martin, avó das crianças.
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Vizinhos improvisaram resgate com lonas e colchões. A avó e uma das meninas precisaram de atendimento médico e foram ao hospital. Já a bebê, de apenas 11 meses, e Fernanda, de 11 anos, não tiveram ferimentos.
A avó, machucou a coluna e segue hospitalizada, mas estável. Já Rafaelle, de 5 anos, teve uma lesão no ombro, mas já está em recuperação em casa. E o gesto das crianças, ainda assustadas, foi de agradecimento. “Obrigada por você ter me ajudado quando me jogou da janela”, disse Raffaele, 7 anos. “A gente te ama de coração”, completou , Sophia, 5 anos.
Desespero
Tudo aconteceu muito rápido. A fumaça do incêndio no primeiro andar logo se espalhou por todo bloco e a família do quarto andar não conseguiu descer. Daiani Estevan, mãe das crianças, estava no condomínio, porém, trabalhando em um outro apartamento.
Ao perceber o incêndio logo pensou nas filhas e tentou acessar o prédio, porém, a intensidade da fumaça impediu que a mulher conseguisse subir. Desesperada, a mãe encontrou as filhas já no pátio do local após vizinhos salvarem com lonas e colchões.
“Ouvi muita gente gritando, aí eu saí e vi aquela fumaça. Comecei a subir as escadas e voltei porque tinha muita fumaça. Gritava, sentava no chão, pedia ajuda, chamava os bombeiros, daí todo mundo todo mundo começou a me ajudar. Foi um desespero, mas ao mesmo tempo que foi sufoco, foi alívio”, relembra Daiani.
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*Com informações de G1