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sexta-feira, 19 abril 2024

Mulher cristã, um pilar da sociedade em meio à desconstrução do feminino

“À luz da Bíblia, a mulher cristã é sexual e socialmente insubstituível, única, pois cumprimos um propósito estabelecido por Deus já na criação”

Por Marisa Lobo

Quando pensamos na atuação das mulheres na civilização humana, ao longo das gerações, costumamos pensar em papeis de muita visibilidade, buscando nomes que foram ícones na história por diversos motivos. Neste artigo, porém, quero ressaltar o papel da mulher comum, que no meu entender é uma pessoa de destaque por sua própria natureza.

A mulher comum que me refiro são mulheres como eu e você, que provavelmente está lendo este texto. São mães e donas de casa, esposas, profissionais qualificadas, cientistas, missionárias e tantas outras que fizeram suas próprias escolhas, achando um lugar de atuação em diferentes espaços, especialmente na Igreja de Cristo.

A Bíblia Sagrada nos dá exemplos de grandes mulheres como a própria mãe de Jesus, Maria, e muitas outras como Miriã, Sara, Ester, cada qual com as suas particularidades históricas, mas todas com algo em comum: elas agiram de acordo com a natureza que Deus lhes concedeu, sendo femininas!

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A feminilidade é o ponto comum entre todas às mulheres de destaque na Bíblia, o que significa o reconhecimento da própria natureza sexual e as suas potencialidades. É importante ressaltar esse tema, porque a cultura atual tem agido para desconstruir a visão bíblica de complementaridade na relação entre mulheres e homens, quer seja na sociedade ou na Igreja.

O feminismo radical, por exemplo, prega a ideia de que não há diferenças entre mulheres e homens, o que está errado não só à luz da Bíblia, como das ciências biológicas. Começamos a nos diferenciar desde a formação no útero materno, geneticamente, onde os nossos corpos assumem características distintas por dentro e por fora.

Diferentemente do que prega o feminismo, reconhecer essas diferenças significa valorizar ainda mais o papel da mulher na sociedade e na Igreja, pois implica na singularização da nossa feminilidade e das nossas capacidades, algo insubstituível por narrativas de gênero, por exemplo, que propagam a ideia de ser possível uma pessoa do sexo masculino ser “mulher”.

À luz da Bíblia, a mulher cristã é sexual e socialmente insubstituível, única, pois cumprimos um propósito estabelecido por Deus já na criação, e neste sentido todas nós somos como Ester, Sara, Maria ou Débora, a grande juíza e profetisa de Israel que teve um papel fundamental na vitória dos hebreus na guerra contra Sísera; somos todas mulheres “comuns”, mas ao mesmo tempo especiais.

Esse papel é exercido dentro dos nossos lares, assim como na Igreja ou no trabalho, sempre que doamos a nossa vida pelo cuidado da família, da Casa do Senhor, auxiliando ou liderando trabalhos vitais para o sustento da casa e a manutenção do ministério; contribuindo socialmente através das mais diversas profissões e atividades.

É o amor a Deus, porém, que nos dá condições de sermos pilares na cultura moderna, algo que contraria a visão mundana de quem realmente somos. Não por acaso, em Provérbios 31:30 está escrito que “a beleza é enganosa, e a formosura é passageira; mas a mulher que teme o Senhor será elogiada.”

Com essa passagem em mente, ganha sentido o alerta descrito no evangelho de Lucas 17:32: “Lembrem-se da mulher de Ló!”. Ou seja, não sejamos irresponsáveis e amantes das coisas deste mundo, mas fiéis aos mandamentos, ordenanças e princípios de Deus, os quais inclui a sabedoria para edificar o próprio lar, que é um reflexo direto da forma como nos relacionamos com a Igreja.

Por fim, termino dizendo que neste mês de março, onde comemoramos o Dia Internacional da Mulher, devemos ter cada vez mais orgulho da feminilidade que nos define enquanto pessoas, a fim de que isto seja um pilar de sustentação moral não apenas na Igreja, mas principalmente na sociedade.

Marisa Lobo é escritora, psicóloga, teóloga, especialista em direitos humanos, pós graduada em saúde mental. Com 12 livros publicados, sobre família, infância, sexualidade e saúde mental.

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