Na noite de domingo (2), o ator sofreu uma embolia pulmonar, estava com quadro irreversível, mas mantinha os sinais vitais.
Um dos artistas mais populares e admirados do país, o ator e humorista Paulo Gustavo, morreu na noite dessa terça-feira (4), aos 42 anos, vítima de Covid-19. O ator estava internado desde 13 de março no Hospital Copa Star, em Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro.
Na noite de domingo (2), o ator sofreu uma embolia pulmonar, estava com quadro irreversível, mas mantinha os sinais vitais. Antes, ele vinha apresentando melhoras significativas – chegou a ter redução de sedativos e bloqueadores e a interagir com médicos e com o marido, Thales Bretas. Ontem (4), às 21h12, o ator veio a óbito.
Durante os mais de 50 dias de internação do ator, a família compartilhou o dia a dia do tratamento e fez vários pedidos de oração.
Talento
Com um estilo de humor baseado em cenas familiares do dia a dia, Paulo Gustavo conquistou o Brasil e teve uma trajetória de enorme sucesso em produções inspirados na mãe, Sra Déa Lúcia Amaral, vulgo Dona Hermínia, uma mãe superprotetora e hilária. “Minha mãe é uma peça: O filme”, foi campeão de bilheteria e rendeu mais duas sequências. O último filme da triologia, lançado em 2019, se tornou a comédia com maior público da história do cinema nacional.
Carreira
Paulo Gustavo Amaral Monteiro de Barros nasceu em Niterói em 30 de outubro de 1978 e estudou teatro na Casa das Artes de Laranjeiras, no Rio, na mesma turma do ator Fábio Porchat.
Em 2004, Paulo Gustavo fez sua primeira peça “O surto”, em que dividia a direção com o ator Fernando Caruso. Foi nesse espetáculo que Dona Hermínia apareceu pela primeira vez.
Entre 2013 e 2020, os três filmes de “Minha mãe é uma peça” venderam mais de 26 milhões de ingressos. O terceiro filme teve a maior arrecadação da história do cinema brasileiro, com uma bilheteria que rendeu R$ 182 milhões.
“Minha vida em Marte” (2018) e “Os homens são de Marte… e é para lá que eu vou” (2014), contracenado ao lado da atriz e amiga Mônica Martelli, foram outros grandes sucesso do ator, que interpretava o personagem Aníbal em ambas.
Paulo apresentou em 2011 o programa “220 Volts”, do Multishow. Na sequência lançaram “Vai que cola”, dando vida ao malandro Valdomiro Lacerda. O grande sucesso foi parar nas telas dos cinemas, em 2015.
Ao lado da atriz e Katiuscia Canoro, a série “A vila”. Na produção, ele interpretou o ex-palhaço Rique.
Repercussão
Humoristas, personalidades e artistas prestam homenagens em suas redes sociais ao ator e humorista, que morreu na noite desta terça-feira, 4, vítima de complicações da covid-19.
A atriz e humorista Tatá Werneck, uma das amigas mais próximas de Paulo Gustavo, passou os últimos dias pedindo orações ao ator em suas redes e publicou uma homenagem quando soube de sua morte “Aplaudam de pé esse grande homem! Gritem bravo!”, escreveu.
O presidente Jair Bolsonaro publicou “Meus votos de pesar pelo passamento do ator e diretor Paulo Gustavo, que com seu talento e carisma conquistou o carinho de todo Brasil. Que Deus o receba com alegria e conforte o coração de seus familiares e amigos, bem como de todos aqueles vitimados nessa luta contra a Covid”.
O humorista Marcelo Adnet publicou em seu perfil no Instagram uma foto do ator, com a legenda “Para sempre”.
A atriz Mônica Martelli compartilhou foto com o ator, a quem chamou de irmão. “Vamos lembrar de você sempre assim. Sorrindo, criando, fazendo o Brasil gargalhar”, escreveu em sua homenagem.
“O mundo perde um gênio do humor”, escreveu o também ator e humorista Fábio Porchat em uma publicação.
A atriz e humorista Dani Calabresa desejou força à família e amigos de Paulo Gustavo. “Tô sentindo um aperto no peito desde que noticiaram que ele foi internado”, escreveu.
“Não estávamos preparados para você partir assim tão cedo”, escreveu o apresentador Luciano Huck.
O ator e humorista Whindersson Nunes relembrou a vez em que viu um dos shows de Paulo Gustavo na juventude. “Vc (sic) entrou no palco do jeito que eu tinha vontade de entrar no lugares, sendo eu”, escreveu na publicação.