Morreu no início da manhã desta quarta (9), o pastor Enéas Tognini. Seu corpo será velado na Igreja Batista do Povo, Vila Mariana, São Paulo.
Serão realizados dois cultos cerimoniais na IB do Povo, sendo um hoje, às 19h30, e outro amanhã (10), às 13h. Após o culto de amanhã, o corpo seguirá em cortejo até o Cemitério São Paulo, onde será enterrado.
Atualmente, Tognini era pastor emérito da Igreja Batista do Povo e Presidente da Sociedade Bíblica do Brasil. Fundador e diretor presidente do Seminário Teológico Batista Nacional, Enéas também lecionou Sociologia, Filosofia e Teologia em diversas instituições, como o Colégio Batista Brasil e a Faculdade Batista de Teologia.
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Filho de italianos, Enéas nasceu em 20 de abril de 1914 em Avaré. Converteu-se em 1932 aos 18 anos, em Campo Grande (Mato Grosso), onde foi criado. Em 1933, se batizou e em 1938, atendendo ao chamado pastoral, já estava no Seminário Batista do Sul no Rio de Janeiro. Formou-se em 1941, ano que foi ordenado ao ministério da palavra. Neste mesmo ano, assumiu a Igreja Batista do Barro Preto, em Belo Horizonte, e casou-se com Nadir.
Em 1946 veio para São Paulo, e assumiu a Igreja Batista de Perdizes. Por 17 anos trabalhou no colégio Batista como professor, vice-diretor e diretor. Em 1957, fundou a Faculdade Teológica Batista em SP. Em 1958, foi batizado com o Espírito Santo e após ser convocado pelo Senhor, entregou tudo em favor da obra do Avivamento no Brasil. Viajou cerca de 20 anos pelo Brasil promovendo o Avivamento. Em 1962, estava com Billy Graham em sua vinda ao Brasil, sendo um dos coordenadores da Cruzada.
Em 1963, criou o Dia Nacional de Jejum pelo Brasil, obtendo muito resultado em convocar o país para orar e na oração reverter a crise que se instalava. Foi um dos fundadores da Convenção Batista Nacional em 1967. Em 1979, iniciou um trabalho na Casa de Portugal (SP) com cultos de avivamento. Esse trabalho resultou na fundação da Igreja Batista do Povo em 1981. Sua esposa Nadir faleceu e tempos depois casou-se com Élia. Em 1981s fundou também o Seminário Batista Nacional que hoje leva seu nome. Em 1999, pastor Enéas entregou o pastorado da Igreja Batista do Povo ao pastor Jonas Neves.
Em 2002, recebe o título de cidadão paulistano. No ano de 2004, foi eleito presidente da Sociedade Bíblica do Brasil e condecorado confrade da Academia Evangélica de Letras do RJ. Em 2006, lançou sua autobiografia e foi reeleito presidente da SBB. Em 2008, foi condecorado confrade da Academia Evangélica de Letras de São Paulo. A Sociedade Bíblica do Brasil lançou em 2009 a Bíblia do Avivamento em homenagem a ele. Seu livro mais recente é “Você está cheio do Espírito Santo?”, lançado em 2011, ano que completou 70 anos de ministério.
