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sexta-feira, 19 abril 2024

Morre Elmira Pasquini, fundadora da Portas Abertas no Brasil

Foto: Portas Abertas

Ela deixa um legado de fé, coragem e engajamento com a Igreja Perseguida, que serve de impulso para a atual e futuras gerações

Por Patricia Scott 

A fundadora da Missão Portas Abertas, no Brasil, Elmira Pasquini, de 95 anos, foi para o descanso do Senhor, nesta sexta-feira (25), em decorrência de causas naturais. Ela foi uma mulher determinada e de cheia de muita coragem. “Ela tinha um senso de urgência diferenciado e uma convicção de que deveria agir. Ao receber um direcionamento de Deus ela não ficava parada. E foi assim com a fundação da Portas Abertas no Brasil”, ressalta o secretário-geral da organização, Marco Cruz.

Ele lembra que Elmira sempre tinha uma palavra de encorajamento a ele e à equipe. “Sou grato a Deus pela vida e o legado da irmã Elmira. Nossas conversas por telefone, no escritório da Portas Abertas e em sua casa em Atibaia, me farão falta. Fazia questão de saber como estava a família, o trabalho da Portas Abertas e a equipe. Lembrava-se de alguns nomes e compartilhava comigo como ainda falava sobre a Igreja Perseguida em sua igreja e sempre que tinha uma oportunidade”.

Marco Cruz revela ainda que ela não se orgulhava ou se gabava de suas realizações. “Ela sempre repetia: ‘sabe por que a organização cresceu? Porque eu não fiz nada, foi Deus quem fez’. Ela fará falta neste mundo. Oramos e pedimos o consolo do Espírito Santo para a família, amigos e para nós todos”.

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Trajetória
Com a leitura do livro “O Contrabandista de Deus”, best-seller do Irmão André, que havia fundado a Open Doors em 1955, na Holanda, foi o primeiro contato de Elimira com a realidade da Igreja Perseguida. Durante uma conferência da International Hospital Christian Fellowship (Aliança Cristã Hospitalar Internacional, IHCF), na Áustria, em 1972, ela conheceu o Irmão André pessoalmente. Ao conversar com ele, perguntou: “Quando você irá para o Brasil?”, e a resposta imediata foi: “Ore”.

Cinco anos depois, em 1977, Elmira soube que o Irmão André estaria no Brasil em um evento no Maracanã, no Rio de Janeiro. Ela viajou para a cidade, exclusivamente para estar no local e conseguiu agendar uma reunião com o Irmão André, em São Paulo. Na ocasião, Elmira organizou uma reunião de oração pelos cristãos perseguidos com a presença do Irmão André, na Igreja Batista da Liberdade. Vale lembrar que o encontro contou com mais de mil pessoas, tornando-se um marco de oração pela Igreja Perseguida.

As ofertas levantadas nas visitas do Irmão André, ao país, foram destinadas ao estabelecimento do ministério da Portas Abertas no Brasil, que ocorreu oficialmente em 1º de maio de 1978. A organização funcionou na casa da irmã Elmira durante um bom período.

Por pelo menos três anos, Elmira fez parte da diretoria da Portas Abertas Brasil. No entanto, mesmo depois de se desligar da diretoria, ela sempre fez questão de acompanhar o trabalho. Era leitora assídua da Revista Portas Abertas.

Irmã Elmira acompanhava o andamento do ministério, importando-se com o número de parceiros no Brasil. Ela era intercessora ativa e fazia todo o possível para que a causa dos cristãos perseguidos fosse conhecida por muitas pessoas. Certa vez, ela disse: “Conhecer a Portas Abertas foi o maior privilégio que eu tive”.

 

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