O surto de sarampo começou a matar moradores de uma aldeia remota em Papua Nova Guiné (PNG) e os moradores começaram a apontar como um trabalho de bruxaria. Com isso, quatro mulheres foram acusadas de serem as responsáveis pelo surto e, por isso, seriam mortas.
Graças a intervenção de missionários cristãos que trabalhavam na região, elas foram salvas da execução. O ocorrido foi saudado como uma vitória no esforço do governo para erradicar os ataques relacionados à bruxaria em Papua Nova Guiné, mas os missionários acreditam que a violência continuará.
A província de Enga ainda vive num sistema tribal, onde as leis que prevalecem são as culturais. A polícia foi chamada pelos missionários. Quando os ânimos se acalmaram, os missionários tentaram explicar o que é uma doença e por que eram contrários à pena de morte.
O vice-comandante da polícia de Enga, Epenes Nili, disse que sem a denúncia dos missionários o pior teria ocorrido. Ao final da conversa com as autoridades, as mulheres acusadas se comprometeram a não mais realizar seus feitiços.
Em PNG, responsabilizar a bruxaria por problemas é algo que está arraigado em algumas partes do país. Geralmente, as bruxas são torturadas e exige-se que “retirem o feitiço”. Se não ocorre o esperado, são queimadas vivas. Enquanto o governo tem feito alguns esforços, o trabalho mais consistente de combate à violência é muitas vezes deixado para grupos de igrejas e ONGs.