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sábado, 20 abril 2024

Minto, mas quem não mente?

Minto, mas quem não mente?

Vendo como a imoralidade tem crescido em nossos dias, creio que Deus terá que pedir perdão a Sodoma e Gomorra por ter destruído essas cidades por tão pouca maldade ali

Por José Ernesto Conti

A alguns dias atrás uma declaração do Pedro Bial, em um programa de TV, se aceitaria entrevistar o Ex-Presidente Lula, ao que respondeu que o entrevistaria, desde que pudesse usar um detector de mentiras. O mais incrível é que todos no estúdio riram da “piada”.

Percebe que a deterioração dos mínimos padrões que deveriam nortear uma sociedade civilizada estão cada dia mais vilipendiados e a parte da sociedade que insiste mantê-los acabam sendo ridicularizados e até desprezados pois tornam-se a ovelhas “negras” (sem qualquer preconceito racial) da sociedade.

Confesso que me sufoca cada vez que recebo um vídeo mostrando falsas aplicações da vacina. Me questiono como uma pessoa que se dispõe a trabalhar na área das “humanas”, age de maneira tão desumana? Como um técnico de enfermagem que foi educado para salvar vidas age de maneira tão insensível, criminosa e perversa?

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Verificamos que esse desprezo pela verdade está arraigado profundamente nas bases da nossa sociedade, das nossas instituições que deveriam manter o compromisso com um padrão mínimo de seriedade e na verdade são os primeiros a dar exemplo das parcialidades e indiferenças com a ética e a decência. Já não há preocupação com o quê os outros irão falar. Em pelo menos manter as aparências nem que seja hipocritamente. O que se fazia nas caladas da noite, hoje são feitos a luz do dia sem qualquer peia de preocupação.

Aquela pergunta, onde vamos chegar? Já está fora de qualquer contexto. Nós já estamos lá, na mais imoral de todas as sociedades, no mais insensível de todos os relacionamentos. Estamos produzindo em série, seres humanos destituídos de racionalidade e moralidade. Já vivemos em um gueto de maldade e desprezo pelo bem como nunca na história da humanidade. E pior, não há mais retorno, pois não estamos dispostos a consertar o que está errado. Estamos satisfeitos e felizes com o mal crescendo dia a dia. Afinal a maldade dos outros serve como luva para justificar a minha maldade.

Peço perdão a Deus se estiver errado, mas vendo como a imoralidade tem crescido em nossos dias, creio que Deus terá que pedir perdão a Sodoma e Gomorra por ter destruído essas cidades por tão pouca maldade ali.

José Ernesto Conti, é pastor da Igreja Presbiteriana Água Viva

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