Nesta 51ª edição, o evento teve como tema “Com cada mulher, por cada criança” para reivindicar a expansão dos centros de apoio às mães em gestação não-planejada
Por Patricia Scott
Dezenas de milhares de pessoas participaram da 51ª Marcha Anual pela Vida, em Washington, nos EUA, na última sexta-feira (19). Mesmo em meio à nevasca, a maior manifestação pró-vida do mundo não deixou de acontecer.
A instituição March For Life (Marcha pela Vida) é a responsável por organizar o movimento. A presidente da instituição, Jeanne Mancini, destacou em seu discurso: “Todos estamos plenamente cientes de que há trabalho a ser feito. Não somos apenas a favor do bebê, mas certamente não somos a favor do bebê sem a mãe. Estamos aqui por ambos.”
De acordo com estudos, 60% das mulheres americanas que optaram pelo aborto afirmam que teriam escolhido a vida se tivessem tido um maior apoio. “O que uma mulher realmente precisa quando enfrenta uma gravidez não planejada? Ela não precisa de alarmismo, não precisa ser envergonhada. Ela precisa ouvir: ‘Você pode superar isso e eu vou te ajudar!’”, enfatizou Mancini.
Neste ano, o tema da Macha pela Vida foi “Com cada mulher, por cada criança”. Os participantes reivindicaram a expansão dos centros de apoio às gestantes, especialmente os que auxiliam as mães em gestação não-planejada.
Cabe destacar que o evento aconteceu em meio a um momento crítico nos EUA: o debate sobre a legalização do uso de uma pílula abortiva [mifepristona] entrará no debate da Suprema Corte americana em breve. De acordo com o Instituto Marcha pela Vida, o medicamento é quatro vezes mais nocivo do que a cirurgia para praticar o aborto.
Após os discursos, a multidão marchou em frente ao Capitólio dos Estados Unidos e à Suprema Corte. O pastor batista Greg Laurie conduziu a oração de encerramento do evento.
Em todo mundo, foram registrados mais de 73 milhões de abortos provocados, em 2022, tornando-se a principal causa de morte (52% do total de 140 milhões de óbitos), superando as demais causas. Mais seres humanos morreram devido a tal prática naquele ano do que por qualquer outra causa. Os dados são da Worlodmeters, organização independente que compila informações de governos e outras organizações.