Os cristãos chineses compartilham ‘uma página’ do Livro Sagrado com várias pessoas e, depois, tentam memorizá-la, revela missionário
Por Patricia Scott
A china ocupa o 17º lugar na Lista Mundial da Perseguição (LMP) 2022, elaborada pela Missão Portas Abertas, instituição internacional com foco na igreja perseguida. O governo chinês exerce extrema pressão sobre os seguidores de Jesus. Está cada vez mais difícil para a igreja alinhar à ideologia oficial.
No entanto, mesmo com os governantes combatendo o Cristianismo, Bíblias entram no país para fortalecimento dos cristãos chineses. Nem os atuais bloqueios em decorrência do novo surto da Covid-19 contiveram o envio das Sagradas Escrituras, que chegaram ao destino.
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“Essa é a primeira vez em 10 anos que conseguimos enviar os materiais para a China”, destacou Jason Woolford, da Mission Cry, organização focada na evangelização global através da distribuição de literatura cristã. Ele revela que, após chegar a Hong Kong, as Bíblias e os livros cristãos podem ser enviados a outras regiões da China.
Perseguição chinesa
Para reprimir ainda mais o Cristianismo em todo o país, um movimento foi organizado em maio de 2021. O governo chinês determinou a remoção dos aplicativos da Bíblia, como também as contas públicas do Christian WeChat. As autoridades chinesas anunciaram, inclusive, “novas medidas administrativas altamente restritivas” sobre grupos religiosos.
É importante frisar que Bíblias impressas não estão disponíveis para venda online. “Nossos irmãos e irmãs na China compartilham ‘uma página’ da Bíblia com várias pessoas e, depois, tentam memorizá-la”, ressaltou Jason e revelou: “Por outro lado, temos mais dois contêineres marítimos cheios de Bíblias, que poderíamos enviar se tivéssemos recursos financeiros”.
Sedentos pela Palavra
Jason afirma que os chineses estão sedentos pela Palavra de Deus. No entanto, segundo Jason, os regulamentos sobre religião, atualizados em 2020, são estritamente aplicados e limitam a liberdade.
O missionário deixa claro que as igrejas estão sendo monitoradas e fechadas pelo governo chinês. Essa postura governamental não é apenas a introdução de novas leis que afetam a atividade cristã no país, como também a aplicação mais rigorosa da legislação já existentes, como, por exemolo, a proibição da venda online de Bíblias.
Para finalizar, Jason Woolford pede orações para que o financiamento chegue. Somente assim os contêineres cheios do Livro Sagrado chegarão à China. “Poderemos distribuir as Bíblias para Hong Kong e Shenzhen”.
Com informações MNN e Mission Cry