A vinda forte do Home Office trouxe mudanças significativas para a ressignificação do conceito de moradia e dos interesses do mercado imobiliário
Levantamento recente divulgado pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias – em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômica – revelou que, nos primeiros meses de 2022, a venda de imóveis de luxo foi uma das maiores responsáveis pela alta do mercado imobiliário no país
Quando comparado com 2021, o aumento foi de 37,7%, apenas na cidade de São Paulo: percentual equivalente a 1325 empreendimentos desse segmento em 2022, gerando aumento no faturamento de 184,9% em comparação com o período homólogo. Das 27 construtoras e incorporadoras do recorte de empreendimentos imobiliários, 12 estão identificadas com o segmento residencial de alto padrão na capital paulista (44%).
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O mercado imobiliário de médio e alto padrão representa residências bem localizadas e bem estruturadas que custam a partir de R$ 1,5 milhão. Considerando o cenário econômico do país em 2021, com a taxa histórica de 2% de juros, quem teve chance e poder aquisitivo para investir em imóveis viu esse momento como favorável. A vinda forte do estilo híbrido ou de Home Office trouxe, ainda, mudanças significativas para a ressignificação do conceito de moradia e de busca pelo bem-estar, qualidade de vida e sofisticação.
Com um aporte relevante, muitos brasileiros veem os imóveis de luxo como uma alternativa de investimento de alta rentabilidade, já que esse mercado se tornou um dos mais seguros e menos voláteis do momento, crescendo 20% ao ano, segundo a (S ecovi-SP). Como qualquer investimento, existem cuidados preventivos a serem tomados pelo comprador e pelo vendedor, como alerta o Dr. Marcelo Pereira Bergamaschi Junior, especialista em Direito Imobiliário e sócio do escritório Ramina de Lucca, Bibas e Siqueira de Carvalho Advogados – RBC Advogados, banca que atua na área há mais de 13 anos:
‘Para justificar o alto valor do mercado, um imóvel deve cumprir diversos requisitos, não só comerciais, como jurídicos, imprescindíveis para ser um bom investimento. Por exemplo, é importante que compradores e vendedores de imóveis contem com uma assessoria jurídica especializada para a redação de instrumentos contratuais adequados e para verificação antecipada de eventuais riscos para a operação por intermédio de uma cuidadosa due diligence. Para ser bom economicamente, o negócio preciso ser, antes de mais nada, juridicamente seguro.’
A compra de imóveis ainda é uma alternativa, na hora de proteger seu patrimônio das variações econômicas do Brasil, seguindo exemplo de países desenvolvidos, que também sentiram esse mercado crescendo. Segundo a Consultoria Knight Frank, o preço dos imóveis desse segmento nos 28 principais mercados globais do setor deve subir, em média, 5,7% neste ano.
Conforme o advogado especialista entrevistado, Dr. Marcelo P. Bergamaschi Jr., dados da Brain Inteligência Estratégica em parceria com a Abrainc, 82% das empresas observam o custo de materiais como a maior dificuldade para o setor imobiliário no ano de 2022. Além disso, dados da Caixa mostram que a utilização do crédito imobiliário no 1º trimestre de 2022 chegou a R$ 34,4 bilhões, representando um aumento de 17,8% em relação ao mesmo período de 2021.
Com informações de Agência Estado