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sexta-feira, 19 abril 2024

Mentor dos ataques de Paris foi morto na operação de Saint-Denis

O mentor dos atentados de Paris, Abdelhamid Abaaoud, foi morto na operação policial de Saint-Denis, na quarta-feira (18), segundo confirmou a Procuradoria de Paris.

De acordo com o comunicado divulgado nesta quinta-feira (19) pelo gabinete de François Molins, o corpo do suspeito de ser o cérebro da ação que matou 129 na sexta-feira (13) “estava no imóvel” de Saint-Denis e foi “identificado através de impressões digitais”.
Em uma coletiva, o procurador admitiu que duas pessoas haviam morrido ontem, após a operação de madrugada, e outras oito foram detidas, e que uma delas poderia ser Abaaoud, mas somente hoje houve a confirmação.

Mentor dos ataques de Paris foi morto na operação de Saint-Denis

A outra pessoa morta foi a prima do terrorista, Hasna Aitboulahcen, que se explodiu com o objetivo de também matar os policiais. A operação em Saint-Denis durou sete horas com o disparo de mais de 5 mil tiros durante a madrugada. Drones e robôs foram usados para visualizar o interior do apartamento onde estavam os suspeitos.
A agência de notícias Associeted Press (AP) publicou que os policiais perguntaram a Hasna onde estaria seu namorado. A resposta dela teria sido: “ele não é meu namorado”, se suicidando em seguida.
Inicialmente, as autoridades pensavam que Abdelhamid Abaaoud estaria na Síria, mas a investigação confirmou que estava na França, concretamente num apartamento em Saint-Denis, no norte de Paris, onde estaria arquitetando outro ataque.
O ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve, disse que Abdelhamid Abaaoud tentou realizar outros quatro ataques “evitados ou frustrados”, de cerca de seis impedidos este ano, confirmando o “papel determinante” de Abaaoud nos atentados de sexta-feira.

Mentor dos ataques de Paris foi morto na operação de Saint-Denis

Terrorista era europeu

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Abdelhamid Abaaoud nasceu em 1987 e morou no bairro de Molenbeeck, subúrbio de Bruxelas (Bélgica). Segundo as investigações, ele era o líder de uma célula terrorista que pretendia agir em território belga logo após o ataque ao jornal Charlie Hebdo, em Paris, no começo deste ano. O grupo foi descoberto em Verviers (Bélgica), dias depois do atentado.
Alvo de um mandado de busca e apreensão, Abaaoud estava desaparecido desde então.
No início de 2014, jornais belgas divulgaram que ele teria levado para a Síria seu irmão Yunis, de 13 anos, apelidado na época de “o jihadista mais jovem do mundo”.

Abaaoud também apareceu em um vídeo de propaganda do Estado Islâmico, com barba pré-púbere e um turbante do tipo afegão, dirigindo uma caminhonete arrastando corpos mutilados. Diante da câmera, ele se diz orgulhoso de cometer atrocidades.

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De acordo com o jornal flamengo “De Morgen”, Abaaoud tinha o perfil de um jovem de classe média e foi enviado pelo pai a um excelente colégio no sul de Bruxelas.
“Tínhamos uma vida muito boa, uma vida fantástica, eu diria. Abdelhamid não era uma criança difícil e havia se tornado um bom comerciante. Mas, de repente, ele foi para a Síria. Nunca recebi qualquer resposta”, disse seu pai em janeiro, Omar Abaaoud, ao jornal belga “Dernière Heure”. A família chegou à Bélgica há 40 anos.
“Abdelhamid envergonhou a nossa família. Nossas vidas foram destruídas”, afirmou. “Por que, em nome de Deus, ele mataria belgas inocentes? Nossa família deve tudo a este país”, disse o pai do jovem.

(com agências de notícias internacionais)

 

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