Nome foi escolhido como reconhecimento pelo trabalho contra a violência sexual. O médico congolês atendeu mais de 30 mil vítimas de abuso sexual com ferimentos graves.
Duas pessoas que lutam contra o uso da violência sexual como arma de guerra foram premiadas com o Nobel da Paz 2018. A iraquiana Nadia Mura (25), uma yazidi vítima do Estado Islâmico. E o médico cristão Denis Mukwege (63).
O anúncio oficial foi feito pelo comitê, em Oslo, na última sexta-feira (5). Os dois estão entre os mais de 300 indicados. O médico vem resistindo pacificamente à perseguição religiosa. Ele dedica-se a ajudar vítimas de violência sexual em seu país, na República Democrática do Congo. Já atendeu mais de 30 mil vítimas de abuso sexual com ferimentos graves.
Mukwege é filho de um pastor pentecostal. Ele se sentiu inspirado a estudar medicina depois de viajar com o pai para orar pelos doentes.
Nos últimos 20 anos, ele tratou milhares de mulheres e crianças em um Hospital administrado pelas Associação das igrejas Pentecostais da África Central (CEPAC).
“Se os cristãos não vivem as implicações práticas de sua fé entre suas comunidades e vizinhos, não podemos cumprir a missão que nos foi confiada por Cristo”, disse ele em uma palestra para a Federação Luterana Mundial no ano passado.
Nadia Murad
Ela foi vítima de violência sexual nas mãos do Estado Islâmico no Iraque, onde nasceu. E tornou-se uma ativista dos direitos humanos.
A comissão do Nobel justifica a entrega do prêmio à Nadia por ela usar a sua própria experiência para servir porta-voz de outras vítimas.
Desde setembro de 2016, Nadia foi a primeira Embaixadora da Boa Vontade para a Dignidade dos Sobreviventes de Tráfico Humano das Nações Unidas.
*Com informações de Christianity Today e El País
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