Medicamento se liga à célula de defesa e impede progressão da doença. Na esclerose múltipla, pacientes têm dificuldade para caminhar e podem apresentar confusão mental
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou registro do medicamento Ocrelizumabe, para tratar pacientes que sofrem de esclerose múltipla. O fármaco, produzido pela Roche, impede surtos da doença.
A esclerose múltipla é uma condição que causa lesões nos nervos levando à distúrbios na comunicação entre o cérebro e o corpo. Os sintomas são variados, entre eles perda da visão, dor, fadiga e comprometimento da coordenação motora.
Os sintomas, sua gravidade e duração variam conforme a pessoa. Alguns indivíduos podem não apresentar sintomas por quase toda a vida, enquanto outros têm sintomas crônicos graves que nunca desaparecem.
A doença ainda não tem cura e os medicamentos visam a reduzir os surtos da doença, quando os sintomas são mais agudos.
O medicamento é biológico, ou seja, seu princípio ativo é produzido por meio de organismos vivos. Também trata-se de um anticorpo monoclonal. Para produzir um anticorpo monoclonal, pesquisadores clonam uma célula de defesa, que depois é treinada para identificar e atacar agentes causadores de doenças.