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sábado, 20 abril 2024

Mauricio Souza foi homofóbico ou intolerante?

Jesus combateu veementemente o pecado, demonstrando tolerância zero ao mesmo. Aprendi a amar ao próximo como a mim mesmo, e amar jamais significou concordar ou apoiar tudo o que a pessoa fizer

Por Lulinha Tavares

Em meio a toda essa confusão em virtude das comentários do atleta Mauricio Souza, considerado o melhor central da Liga de Vôlei quero aqui tecer alguns comentários à luz das “leis do esporte” no firme propósito de descobrir se ele foi realmente homofóbico ou não.

Em primeiro lugar vamos ao comentário: “Hoje em dia o certo é errado, e o errado é certo… Não se depender de mim. Se tem que escolher um lado, eu fico do lado que eu acho certo! Fico com minhas crenças, valores e ideias. ‘Ah, é só um desenho, não é nada demais.’ Vai nessa que vai ver onde vamos parar”.

O que é homofobia?

A palavra é de origem grega e deriva da junção do prefixo grego “homo-“, com sentido de igual, semelhante, o mesmo, e do sufixo -fobia, que significa medo exacerbado – falta de tolerância – aversão.

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No primeiro momento não consegui identificar nem medo e nem aversão.
Talvez intolerância , nada mais. Falo de intolerância sob a ótica da filosofia como sendo a ausência de disposição para aceitar pessoas com pontos de vista diferentes.

Há algum crime nisso?

Agora vamos “ analogizar” com o mundo esportivo de alta performance, do qual convivo há 40 anos e atuo na preparação mental de atletas para o sucesso há 13. Seria homofóbico o atleta que assumir que é radicalmente contra o comportamento dos atletas que usam anabolizantes, ingerem bebidas alcóolicas ou se drogam?

Foi homofóbica a atitude do Michael Jordan ao dizer e agir contra o uso de drogas, bebidas e prostituição por parte dos atletas do Chicago Bulls ao se deparar com a situação. Ou foi intolerante? Será então homofóbico dizer para um atleta parar de brincar com essas coisas por que uma hora a conta virá para ele e pagar e ele “vai ver aonde isso vai dar”?

Então o Cristiano Ronaldo foi homofóbico com quem bebe Coca-Cola ao tirar uma garrafa da sua frente enquanto dava entrevista? Na minha opinião ele foi intolerante e até mesmo deselegante, mas, não homofóbico.

Existem princípios e leis do esporte que, embora possamos a discordar devemos respeitar, sob pena do atleta ser penalizado pela justiça desportiva ou pelo seu próprio corpo por intermédio de lesões ou queda de performance.

Em todo o tempo deve haver respeito pelas escolhas individuais de cada um. Jesus demonstrou isso ao lidar com todo o tipo de pessoas impuras, marginalizadas, perseguidas e cheias de pecado. Sendo que, quando tocava em que era impuro, não se tornava impuro, mas purificava quem Ele tocava.

Jesus combateu veementemente o pecado, demonstrando tolerância zero ao mesmo, mostrando a sua mortal consequência, porém, demonstrou misericórdia ao pecador, a fim de que se arrependa.

Tenho alguns amigos, familiares, professores, alunos e também companheiros de trabalho que são homossexuais, outros fumantes inveterados, alguns alcoólatras, outros que professam outra fé, além de outros que tiveram escolhas de vida inversamente diferente da minha.

Respeito suas escolhas como sou respeitado pelas minhas, por ser cristão, heterossexual, conservador, defensor da base familiar constituída pela figura paterna e materna, dentre outras. Na minha casa ensino os princípios bíblicos para os meus filhos e não abro mão disso.

A linha que sigo no trabalho de preparação mental de atletas é totalmente intolerante a vida “errada” que alguns acham “certa”, e sempre digo por onde passo e para que
atendo:

O errado dá certo por pouco tempo. O certo no final sempre dá certo, e o errado da mesma forma. Nem por isso me considero homofóbico ou já fui acusado de ser por algum deles.

Aprendi a amar ao próximo como a mim mesmo, e amar jamais significou concordar ou apoiar tudo o que a pessoa fizer. Aprendi que devo ser frio ou quente – jamais morno- por isso exponho aqui abertamente a minha livre opinião e também posição nesse caso.

Lulinha Tavares é coach esportivo, formado em Educação Física, MBA-FGV/FIFA/CIES, especialista em Psicologia do Esporte, empresário, pastor e líder da Igreja Batista da Graça em Queimados (RJ)

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