“Agora é o tempo de canções que Deus nos tem dado para cantar a essa geração”, diz Mari Borges sobre o momento atual de sua carreira
Por Carolina Leão
Mari Borges, cantora e compositora mineira que se tornou uma grande descoberta da música gospel quando fazia covers por volta de 2014, falou à Comunhão sobre o momento de crescimento que tem vivenciado em sua carreira. Recentemente, gravou o seu primeiro projeto “Ao Vivo” com público. O trabalho contou com a participação de dois grandes nomes da música: Aline Barros e Bruna Karla.
O primeiro lançamento deste projeto, que chega pela gravadora Musile Records, foi o single “Jesus Cristo Basta”, com Aline Barros.
“Essa canção é poderosa, declarando a suficiência de Jesus. Posso ter tudo, mas sem Jesus vivendo em mim, experimentarei uma insatisfação completa”, comenta Mari Borges sobre o lançamento, em entrevista à Comunhão.
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Ela adianta que para 2024 haverá muitas novidades, lançamentos de canções autorais e, ainda, um feat com a cantora Bruna Karla. “Ainda estou sem acreditar. Bruna Karla sempre foi uma grande inspiração para mim desde a minha adolescência. Vocês podem aguardar uma canção linda com ela, e tantas outras autorais também”, antecipa Mari Borges.
Além dos números, que somam mais de cinco milhões nas redes sociais, Mari Borges tem alcançado cada vez mais reconhecimento e prestígio. Deixando como parte de sua história a referência “Mari que faz covers no YouTube” ela tem apresentando ainda mais ao público o seu dom para a música, com uma nova identidade autoral.
Sobre esse momento ímpar de sua trajetória, ela afirma estar vivendo “as misericórdias de Deus”. “Tudo parecia tão distante, mas com grande bondade, Ele tem feito acontecer! ”, testemunha Mari Borges.
Canções para esta geração
Essa transição das versões de músicas conhecidas para o trabalho autoral teve desafios, mas a cantora comenta que a aceitação do público tem sido gratificante. “Eu vejo que o pessoal pede ainda algumas versões de covers, mas eles têm recebido também muito bem as autorais”, salienta.
“Agora é o tempo de canções que Deus nos tem dado para cantar a essa geração”, declara Mari Borges sobre o seu momento atual. “Acredito muito que foi importantíssimo esse tempo de lançar para que as pessoas pudessem conhecer a Mari. Mas chegou um tempo que o meu coração começou a queimar por cantar as nossas próprias experiências, aquilo que queimava em nosso coração. Então foi um tempo de deixar o cover e dedicar a canções autorais”.
Mari Borges fala sobre momentos marcantes da carreira
Relembrando essa história, a cantora destaca alguns momentos marcantes que foram fundamentais para o crescimento do ministério. O primeiro foi a gravação do cover “Me leva para casa”. “Foi a partir daí que o canal começou a crescer bastante e o Instagram também. Outras músicas que gravamos depois foram tendo muito resultado”, comenta.
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Além disso, outro aspecto fundamental para ampliar seu destaque foi o contrato com a gravadora Musile Records. “Lancei o primeiro projeto autoral que foi fundamental para firmar o Ministério da Mari, até saiu um pouco da ‘Mari Cover do YouTube’ para a ‘Mari Autoral’. E agora que eu acredito que ainda maior, que foi fundamental, foi esse segundo projeto também. Através disso a gente já pôde ministrar, pôde cantar e falar sobre Jesus na TV também”.
Além disso, vale ressaltar que, no início de 2021, Mari Borges ficou ainda mais conhecida ao compartilhar uma simples releitura de “Tá Chorando Por Quê?” canção lançada originalmente pelo grupo Preto no Branco. O sucesso do vídeo foi tanto, que Mari decidiu gravar uma versão oficial com a Musile Records e disponibilizar nas plataformas de streaming no primeiro semestre de 2023.
Ouça à versão de Mari Borges de “Tá Chorando Por Quê?”
História de superação
Mari tem uma história improvável com a música. Assim que a cantora começou a se apresentar, percebeu certa dificuldade para se escutar e encontrar a tonalidade certa de cada canção. Depois de muitas frustrações, ela decidiu ir ao médico e descobriu uma perda da audição.
“Tive dificuldade em acertar os tons das músicas, meu ouvido muitas vezes não captava a nota certa. Ao procurar soluções, fiz um exame auditivo e descobri uma perda auditiva”, relembra. A cantora tem 100% de audição no esquerdo, mas apenas 10% no direito.
Ela ficou cerca de um ano estudando formas de melhorar sua performance. Além do tratamento médico, ela passou a aprender violão, o que ajudou muito em sua percepção musical. Por isso, esse começo de sua carreira foi desafiador.
“Em minha imaturidade, cheguei a dizer a Deus que nem queria cantar, pois já tinha muitos medos e inseguranças, cheguei a dizer: ‘O Senhor me chama para passar vergonha?’. No entanto, mal sabia eu que todo processo era para tratar algo em meu coração.”, testemunha. “Aprendi a não me ver como alguém capaz por mim mesma, mas a olhar apenas para Deus, que a cada dia me capacita e age por meio de mim. Eu dependo Dele”, completa.
Diferente de muitos artistas do cenário musical que possuem familiaridade com a música desde a infância, Mari Borges não fui uma criança muito ativa quando se tratava de musicalidade. “Embora amasse música e a ouvisse em casa, cantava apenas em casa devido à vergonha. Foi aos 17 anos que realmente comecei a cantar, incentivada pelo meu namorado (atualmente esposo) a cantar e gravar para o canal do YouTube. Desde então, não parei mais”, compartilha, ainda, sobre sua história.
Para ela, a música é uma ferramenta de grande potencial dada por Deus. “Eu acredito muito que a música é uma ferramenta tão poderosa e grandiosa que Deus nos deu para que o nome dele fosse conhecido, para que houvesse transformação sobre as pessoas. Ele nos deu uma ferramenta muito grande, como tantas outras ferramentas; Ele nos deu a música. Ela é poderosa e veio de Deus para nós”.