O presidente brasileiro criticou o que ele acredita ser uma incapacidade das Nações Unidas de selar um acordo entre Israel e facções extremistas
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse em entrevista a jornalistas no México ser “inexplicável” o Conselho de Segurança da ONU não ser capaz de fazer Israel conversar sobre o conflito no Oriente Médio. Na situação atual, de acordo com o petista, o governo israelense “só sabe matar”.
Israel ataca sistematicamente a Faixa de Gaza há cerca de um ano, desde que o grupo extremista Hamas fez uma série de atentados contra o país. Agora, os israelenses começaram a fazer ataques contra o Líbano sob o argumento de destruir o Hezbollah. Já há vítimas brasileiras.
Na tarde desta terça-feira, 1º, As Forças de Defesa de Israel (FDI) afirmaram que mísseis do grupo extremista xiita Hezbollah atingiram o território israelense. A Guarda Revolucionária do Irã afirmou em um comunicado que o Irã lançou mísseis balísticos contra Israel em resposta as mortes de diversos líderes do Hezbollah, incluindo o chefe do grupo, Hassan Nasrallah.
“O que eu lamento é o comportamento do governo de Israel. Sinceramente, é inexplicável que o conselho da ONU não tenha autoridade moral e política de fazer com que Israel sente numa mesa para conversar ao em vez de só saber matar”, declarou o petista. Lula critica frequentemente as ações militares israelenses.
O presidente da República disse que operações para repatriação de brasileiros, como a que está sendo organizada para tirar pessoas do Líbano, serão realizadas “em todos os lugares que for preciso”. O governo brasileiro fez ação semelhante no ano passado em Gaza e Israel, quando as hostilidades ganharam força
Lula falou a jornalistas antes da posse de Claudia Sheinbaum como presidente do México. Eles tiveram uma reunião na segunda-feira, 30. O petista classificou a mexicana como politicamente preparada. Também disse que o México começou um movimento de abertura comercial com o Brasil que fez o fluxo comercial entre os países passar de US$ 14 bilhões. “Há possibilidade de crescimento”, disse o brasileiro. Com informações de Agência Brasil