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sexta-feira, 19 abril 2024

Navio Logos Hope chega a Salvador (BA)

Navio Logos Hope (Foto: Renato Cabrini)
“A China está ocupando todo o espaço. A América do Sul é um terceiro mercado para ela”, disse o presidente-executivo da AEB. Foto: Renato Cabrini

Após Santos (SP), Rio de Janeiro (RJ), Vitória (ES), o navio chegou a Salvador (BA) nesta quinta-feira (24), e ficará na cidade até 12 de novembro

O navio Logos Hope começou a receber visitação do público em Salvador (BA) nesta sexta (25). Atracada no Porto de Salvador, a embarcação vai ficar na cidade até a terça-feira (5) de novembro. Assim, vai oferecer uma série de programações a bordo, entre exposições interativas e a maior livraria flutuante do mundo.

A embarcação internacional pertence à Operação Mobilização (OM), uma das maiores organizações missionárias do mundo. E tem percorrido continentes com uma tripulação de 400 pessoas de 60 países.

O Logos Hope chegou ao Brasil no dia 24 de agosto. Desembarcou no porto de Santos (SP) e ficou até 15 de setembro. O navio fica no Rio até 6 de outubro. Depois segue para Vitória (ES) e fica até 20 de outubro. Vai para Salvador (BA), de 25 de outubro a 10 de novembro. E por último em Belém (PA), de 19 de novembro a 5 de dezembro.

OM SHIPS INTERNATIONAL 

A organização de origem europeia que desde os anos 1970 percorre os portos do mundo para pregar a fé cristã. Nos quase 50 anos de serviço missionário, os navios da OM visitaram 480 terminais portuários, em mais de 160 países, e receberam cerca de 47 milhões de visitantes.

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A última passagem de um dos navios-livrarias pelo Brasil ocorreu há 21 anos. De acordo com a organização internacional cristã Good Books for All Ships (GBA Ships), proprietária da embarcação, a tripulação do navio é voluntária.

A tripulação formada por 400 pessoas de 60 países, levanta patrocínio para cobrir os custos de seu período de dois anos de serviço. Em todos os portos, equipes entram em áreas vizinhas para fornecer ajuda e cuidados comunitários. Assim, a tripulação se junta às igrejas locais para trazer esperança e mostrar amor às pessoas.

Para saber como toda essa imensa estrutura do projeto de evangelização funciona, Comunhão conversou com o diretor executivo da OM no Brasil, pastor Márcio Lugão.

Na OM, existem 3.200 membros distribuídos por mais de 110 países. Como manter uma visão homogênea diante de culturas, valores e pessoas tão diferentes no Brasil e de outros países?

Márcio Lugão – Para manter a visão homogênea, a gente tem encontros das lideranças em determinados momentos do ano. A OM promove treinamentos, com informação bem clara, para garantir que todos tenham a mesma visão, e bem definida. E assim os grupos conseguem, mesmo com culturas diferentes, trabalhar de forma adequada e cumprir a mesma visão, independentemente da localização.

Como preparar todos os profissionais para uma missão tão importante (e complexa)?

Nossos tripulantes e também trabalhadores que atuam em outros países passam por capacitação. Alguns lugares têm bases de treinamento, onde aprendem sobre as questões culturais, sobre antropologia, sobre os instrumentos necessários para que possam funcionar bem em qualquer região do mundo, lidando com pessoas muito distintas, bem diferentes. A exemplo do navio, temos hoje 65 nações aqui representadas. Por isso fazemos constantemente retroalimentação dos conceitos e dos princípios, para manter um bom relacionamento entre as diferenças culturais.

Após 21 anos, o projeto retorna ao Brasil. Como o senhor avalia essa volta? As expectativas em relação ao trabalho vêm sendo atendidas?

O retorno do navio Logos ao Brasil é um sonho de muito tempo, porque, mais de 20 anos atrás, aqueles que vieram ainda guardam na memória a lembrança das boas experiências aqui vividas. As expectativas estão sendo atendidas, com números elevados de visitantes, embora isso também cause uma dificuldade pra cuidar corretamente, atender todos do jeito a que estamos acostumados a fazer. Mas o volume de visitantes também demonstra qual o carinho e a disposição que as cidades estão diante desse projeto maravilhoso.

O que representa para a OM uma missão bem-sucedida? Quais os critérios de avaliação?

Uma missão bem-sucedida é quando ela cumpre a tarefa de levar o conhecimento, os livros a serem adequadamente distribuídos – obras de diversas nacionalidades, traduzidas em muitas línguas – e também quando a ajuda é realizada. Todos os dias tem pessoas indo para lugares, apoiando grupos, escolas, ruas, e pessoas carentes, entre outras atividades. Então à medida que a gente vai realizando ações, cumprindo a missão adequada com a visão estabelecida, os resultados vão sendo de acordo. E isso tem sido muito bom, o tempo no Brasil tem sido maravilhoso.

A OM compartilha a mensagem da nova vida em Jesus Cristo por todo o mundo. Qual tem sido o impacto da organização no Brasil, desde a sua implantação aqui, em 1986?

O impacto da organização do Brasil teve seu tempo mais glorioso, especialmente nas décadas anteriores, quando o navio passou por aqui algumas vezes. Naquele tempo houve bastante crescimento, desenvolvimento. E como resultado contínuo, foi uma grande capacidade de treinamento, que aqui no Brasil é muito eficaz, traz resultados. Muitos brasileiros são encaminhados a cumprir missão em diversos países, e isso muito nos agrada, é um resultado positivo. Apesar desses 21 anos de distância da vinda do navio, e com algumas mudanças, algumas dificuldades, ainda assim, o desenvolvimento de treinamento, somado ao bom envio dos brasileiros, realmente é a parte mais impactante de todo esse tempo, da história.

Muitas são as experiências do senhor ao redor do mundo como diretor executivo da OM no Brasil. Algum episódio marcou-o de forma mais significativa?

A minha experiência inicial com a organização foi em relação ao navio. Para mim, o momento mais marcante foi quando entramos pela primeira vez nesta comunidade, hoje com mais de 65 nações representadas. Foi ver o povo reunido, focado com a missão de levar conhecimento, ajuda e esperança ao redor do mundo. Aquele sim foi um momento muito importante, perceber que essa mensagem de unidade é levada no decorrer dos tempos.

Quais trabalhos em específico são realizados nas igrejas locais e como avalia a importância deles para a expansão do Reino nos diferentes países, especialmente naqueles em que a divulgação do Evangelho é proibida e perseguida?

Bom, a exemplo do navio Logos Hope, a OM tem o objetivo de ajudar na transformação e melhoria da condição de vida das pessoas do mundo. Levamos conhecimento na maior livraria flutuante do mundo, ajuda, e quando o navio chega aos lugares que têm necessidades especiais, como pós-terremotos, pós-tsunami, furacões, então também dá uma atenção especial a regiões carentes; as oportunidades de ajuda são dadas também. Levamos a esperança e o amor de Deus às pessoas, a fim de que elas possam realmente ter suas vidas transformadas a cada momento.

Então, esse é o nosso lema. E isso é feito em muitos países com diversos projetos, pois a OM International está em um número elevado de países, mais de 115.  O trabalho usual que é feito nas igrejas é o Global Challenge, que é um evento especial que ajuda a igreja, treina a igreja local, capacita, traz informações, mobiliza pessoas, e isso realmente é um ponto-chave do trabalho ao longo dos anos.  E sobre os lugares mais difíceis, a organização tem um respeito muito grande e uma postura adequada a fim de viver aquilo que acredita e que isso vai ser naturalmente visto e reconhecido de acordo com a orientação do Espírito Santo de Deus.

O Espírito Santo, onde o Hope estará durante o mês de outubro, abriga o maior percentual de evangélicos do Brasil. Diante desse cenário, aumenta nossa responsabilidade com o Ide?

A responsabilidade de chegar ao Estado do Espírito Santo e de poder estar em contato novamente e firmar novas parcerias com esse grupo de evangélicos, que tem essa porcentagem mencionada, é algo extremamente importante, é algo chave para o desenvolvimento e progresso daquilo que OM tem se proposto a fazer. O cumprimento da sua missão depende dessa unidade com o povo evangélico brasileiro a fim de que possamos servir como instrumentos na mão das igrejas para o cumprimento da missão que Deus já encaminhou para cada uma delas. O Espírito Santo com certeza é um lugar muito especial para nós.

E que recado o senhor deixaria àqueles que ainda irão participar da turnê 2019 do Logos Hope aqui no Espírito Santo e nos demais estados no Brasil?

O recado que eu deixo é: venham visitar o navio, venham ter uma experiência a bordo e se inspirar com a nossa tripulação, com as histórias, venham com intenção de fazer contatos com paciência pelas filas e multidões, obviamente. Mas se inscreva nos eventos e participe ao máximo de tudo o que o navio estará oferecendo neste pouco tempo, de aproximadamente duas semanas e pouquinho, aí na região. Não percam esta oportunidade.

Quanto ao futuro da OM do Brasil, há algum projeto ou sonho de expansão que o senhor gostaria de deixar registrado? O que deve fazer alguém que pretende integrar a OM?

Primeiro, o projeto está voltado a um aperfeiçoamento, a uma revitalização, para que a gente consiga amplificar toda a capacidade de treinamento e mobilização que já é feita, e assim a cada dia mais tornar uma organização sólida e eficaz. Trabalhando com as igrejas, servindo as pessoas da melhor maneira possível, iremos fortalecer a obra missionária deste tempo.  Estamos aqui a serviço, e este é o nosso papel inicial, tornar o fim específico da organização bem forte, bem eficaz, a fim de que as igrejas possam ter a OM como instrumento para o cumprimento da missão. Para se inscrever, cada um pode ir ao site, om.org.br, ou a uma das mídias sociais da OM do Brasil, tanto do Facebook, quanto do Instagram. Mas a bordo vamos ter um instante muito especial e muito bonito, inclusive, em que cada um poderá fazer isso pessoalmente e conversar com um daqueles que já tem feito parte da nossa organização.

Em relação ao Ide, que mensagem o senhor pode deixar para os leitores da revista Comunhão?

Queridos da revista Comunhão, o Ide é na verdade uma Grande Comissão, mas isso é um ordenamento, uma orientação de Deus para a vida da Igreja, e são as últimas palavras de Cristo. Creio que as últimas palavras de uma pessoa, uma pessoa normal, já é bem considerada. Imagine então as últimas palavras de Cristo para cada um de nós. Vamos ser firmes e constantes nesta obra, sabendo que ela não é vã. Esta obra está no Senhor, e o nosso papel é de ser servos e ter fé, uma fé que gera uma ação, uma atitude proativa, uma atitude eficaz para que haja o cumprimento da missão. Ele nos escolheu para isso, então vamos adiante em obediência, em amor, com muita fé e sabedoria para fazer do jeito dEle. Um grande abraço.

Horário de Funcionamento – Navio Logos Hope
Dia:
De 24 de outubro até 5 de novembro 
Horário de visitação:
 10h às 21h (de terça a sábado) e das 14h às 21h (aos domingos)
Local: Porto de Salvador
Entrada: R$5,00 – crianças menores de 12 anos e adultos maiores de 65 anos têm entrada franca


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