A casa onde ocorreu o incêndio em Linhares (ES) passou por nova perícia na tarde desta quarta-feira (02). À noite, o carro que estava sendo usado pelo pastor George Alves também foi investigado
Incêndio em Linhares – O veículo que estava sendo usado pelo pastor George Alves, 36 anos, foi apreendido pela polícia na última segunda-feira (30) para dar continuidade às investigações do incêndio que matou os irmãos Joaquim e Kauã, de três e seis anos, no dia 21 de abril.
O veículo pertence a um membro da igreja da qual George é membro e estava emprestado ao pastor. Os peritos usaram luminol, substância para identificar sangue dentro do automóvel. Para obter um melhor desempenho com a substância, o trabalho foi realizado à noite, pois ele reage melhor no escuro. Essa nova etapa da investigação terminou por volta das 19h30. Até o momento, a polícia não informou se algo foi encontrado no veículo.
A casa onde ocorreu o incêndio em Linhares (ES) passou pela quinta perícia na tarde desta quarta-feira (02). Os bombeiros estiveram no local e recolheram mais objetos, entre eles parte do ar-condicionado queimado.
Prisão temporária
A justiça expediu um mandato de prisão temporária para o pastor Georgeval Alves Gonçalves, uma semana depois do ocorrido, com prazo de 30 dias.
Por haver o entendimento de possibilidade de crime, é necessário que as investigações sejam realizadas sem interferência do suposto acusado. Ele está em cela isolada no Centro de Detenção Provisória de Viana II, na Região Metropolitana de Vitória.
Antes da prisão do pastor, a polícia usou luminol em uma das perícias na casa e foi encontrado sangue, mas ainda não há informação se era sangue de alguma das crianças ou da noite do incêndio.
Defesa do pastor
Cinco advogados voluntários se reuniram para fazer a defesa de George Alves, entre eles Rodrigo Duarte, pastor da igreja que George pertence. O grupo afirmou que só irá se pronunciar após ter acesso ao inquérito policial que está em segredo de justiça.
O incêndio
No dia 21 de abril, a residência da família pegou fogo apenas no quarto em que dormiam Joaquim e Kauã. Segundo declarações do pastor George Alves, ele teria acordado com o grito das crianças, tentou entrar no quarto que pegava fogo mas não obteve êxito. A mãe das crianças, Juliana Salles, estava em um congresso de igreja em Minas Gerais. Os corpos carbonizados das crianças foram encontrados abraçados.
