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sábado, 8 DE novembro DE 2025

Legado do missionário Francisco Barbosa morto no Quênia é destaque nas redes sociais

Foro: Reprodução

“Seu trabalho em missões alcançou crianças, viúvas, povos que lutavam contra a fome e a sede”, escreveu a esposa, Franciane Barbosa 

Por Patricia Scott

No último sábado (10), o assassinato do missionário  Francisco Antônio Chagas Barbosa, de 39 anos, foi confirmado. No Quênia, o pastor, que era natural do Ceará, foi morto a tiros e teve o carro incendiado. Há 12 anos, ele morava com a família na capital do país, Nairóbi. O líder religioso deixou a esposa, a pastora e missionária Franciane Barbosa, e a filha, Anny Victoria.

O brutal assassinato segue sendo investigado pela polícia queniana, que ainda não chegou a uma conclusão sobre a motivação do crime. Vale ressaltar que o Quênia está na lista de países observados por Portas Abertas devido à perseguição aos cristãos.

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“O missionário Francisco amou o Senhor, sua família, o povo queniano e os refugiados de outras nações. Levou amor, alimentos, água e, principalmente, o Evangelho de Jesus às tribos do deserto do Quênia. Cumpriu com excelência sua missão”, postou o pastor Eduardo Vieira, da Assembleia de Deus Nova Vida, em Vila Velha (ES), que apoiava o trabalho do pastor no país africano.

Já a Associação de Missões Transculturais Brasileiras (AMTB) expressou, em rede social, profunda dor pela morte do missionário, que ao longo dos últimos anos serviu com a família no Quênia. “Que o legado deixado por este irmão continue ecoando por todo o Quênia através das lembranças e do amor compartilhado por ele ao povo que tanto amou e se dedicou”, escreveu, destacando ainda: “Lamentamos profundamente e enviamos as nossas sinceras condolências a missionária Franciane e toda sua família, bem como a toda a comunidade missionária da MCM. Que neste momento difícil, vocês possam encontrar consolo e conforto no Espírito Santo”.

De acordo com a Missão Cristã Mundial (MCM), para a qual o pastor trabalhava, ele já tinha sido vítima de outro ataque, por isso mancava de uma das pernas. “Mas, ele seguia firme no chamado, cuidando de viúvas, órfãos, refugiados das guerras dos países próximos. Fazia um trabalho excepcional”, informou a agência missionária ao G1.

No Instagram, a MCM, agradeceu a “todos que se mobilizaram em oração nos últimos dias” e pediu: “Continuem em oração para que o Senhor console sua família e amigos neste momento”, escreveu a agência missionária.

Já a pastora Franciane, esposa do pastor Francisco, postou: “Ele deixa um legado ímpar em missões. Seu trabalho alcançou crianças, viúvas, povos que lutavam contra a fome e a sede. São incontáveis as sementes deixadas, bíblias distribuídas e vidas que foram salvas pelo Senhor por conta de sua dedicação à obra”.

A filha do missionário, Anny Victoria, compartilhou nas redes sociais. “O céu faz uma grande festa para receber meu papai. É com muita dor no coração e em prantos que escrevo isso. Agradeço de coração a todos que divulgaram e se juntaram a nós no pior momento de nossas vidas. Mas Deus quis levar o meu pai”.

Perseguição no Quênia

De acordo com Portas Abertas, o que aconteceu ao pastor Francisco é o reflexo da realidade de milhares de cristãos perseguidos no Quênia e Sudão do Sul, duas localidades atendidas pelo missionário, e em toda a África Subsaariana. Os dois países fazem parte da Lista de Países em Observação 2023, ou seja, são locais observados pelos analistas da Portas Abertas por causa dos relatos de perseguição severa na região.

O Quênia já esteve no ranking dos 50 países mais perigosos da Lista Mundial da Perseguição (LMP) em anos anteriores, segundo Portas Abertas. No entanto, por causa do agravamento acelerado da perseguição em outras regiões, ele foi superado na lista.

Na última década, o Quênia foi cenário de numerosos ataques mortais do grupo jihadista Al-Shabaab, conforte informa Portas Abertas. “Embora todos os cristãos sejam alvo dos radicais islâmicos, os de origem muçulmana do Nordeste e litoral vivem sob constante ameaça de ataques, até mesmo dos familiares”, afirma e continua: “A consequência é o deslocamento dos cristãos perseguidos para a capital Nairóbi ou para outros lugares seguros”.

A agência missionária informa ainda que o Al-Shabaab também tem forte influência entre a população local e seus membros frequentemente monitoram as atividades dos cristãos. Devido à corrupção e ao crime organizado, “as autoridades não tomam medidas para proteger cristãos atacados, e por isso encorajam novos atos de perseguição”.

Os sistemas de educação e saúde regionais são prejudicados pelas ações dos jihadistas. Isto porque, de acordo com Portas Abertas, a maioria dos professores, profissionais de saúde e outros prestadores de serviços sociais cristãos deixaram a região norte por causa da insegurança.

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