Vestígios da lama de rejeitos da barragem do Fundão, que se rompeu em Mariana, Minas Gerais, em 5 de novembro, foram encontrados na foz do Piraquê-Açu, em Aracruz, e se aproximando das praias do município.

O rio é a principal fonte de abastecimento de água para a região e dele dependem cerca de 140 mil pessoas.
A informação foi dada pela Prefeitura Municipal de Aracruz, após confirmação por parte os órgãos ambientais dos governos estadual e federal que têm monitorado diariamente a pluma e perceberam a movimentação durante um sobrevoo nesta segunda-feira (21/12).
A maior concentração da mancha escura segue em direção ao mar aberto e o monitoramento da situação na região marinha continua sendo realizado diariamente pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (IEMA), a Agência Estadual de Recursos Hídricos (AGERH) e a Secretaria de Meio Ambiente de Aracruz.
A nota divulgada pela prefeitura informa ainda que o acompanhamento da evolução da situação continuará para a adequada comunicação à comunidade e adoção das medidas cabíveis. “A Prefeitura de Aracruz informa ainda que continuará adotando todas as medidas necessárias à prevenção e reparação de possíveis danos ambientais, sociais e econômicos que vierem a ser causados no município em razão desse acontecimento lamentável”, informa.
O Rio Piraquê-Açu é o principal de Aracruz, que nasce na Florestal do IBAMA (Reserva Ecológica Augusto Ruschi) a uma altitude de 1000m, em Santa Tereza, passa por João Neiva, alcançando o município no distrito de Santa Maria.
O rio faz parte da Bacia do Piraquê, que também é composta pelo rio Piraquê-Mirim. O Piraquê-açu possui 50 quilômetros de extensão e o Piraquê-Mirim 22 Km. A foz está localizada na Vila de Santa Cruz, onde são encontrados peixes do tipo robalo, tainha, vermelho, sirioba e carapeba.