Entidade de juristas evangélicos tenta um status consultivo para poder participar de reuniões internacionais, mas até agora não obteve sucesso
Por Priscilla Cerqueira
Mais uma vez Países estão barrando a entrada de juristas da Associação Nacional de Juristas Evangélicos (Anajure), que são próximos à ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, na Organização das Nações Unidas (ONU). A informação é da colunista do UOL, Jamil Chade.
Os brasileiros estariam com dificuldade de conseguir um status consultivo, o que permitiria discursar em reuniões internacionais. Os países teriam pedido esclarecimento à entidade sobre a relação dela com o governo Bolsonaro.
Entre os países a requererem informações sobre a relação estariam Cuba, China e Nicarágua. A entidade teve como uma das grandes influências para a fundação a ministra Damares. Ela chegou a ocupar o cargo de diretora de Assuntos Legislativos no Conselho Diretivo Nacional.
Status na ONU
A Associação Nacional de Juristas Evangélicos (Anajure) solicitou o status na ONU em 2017, num processo que é tradicionalmente longo. No início de 2020, representantes da entidade foram alvo de um questionamento no Comitê da ONU sobre ONGs. A esperança era que, nas reuniões em 2021, o acesso fosse garantido. Porém, a adesão foi barrada.
Durante uma reunião na terça-feira, uma delegação diplomática de Cuba pediu detalhes sobre o apoio que a Anajure recebe do governo federal brasileiro e, mais especificamente, do Ministério das Relações Exteriores. O governo da Nicarágua também questionou a adesão e pediu esclarecimentos sobre a estrutura das contas da entidade brasileira.
Antes, o governo da China havia criado obstáculos, levantando questões sobre a atuação da entidade brasileira. A manobra, assim, evitou a aprovação da adesão dos juristas evangélicos brasileiros e adiou pelo menos até 2022 qualquer decisão.
Com informações de Uol