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quinta-feira, 18 abril 2024

Edição 214

 

Diante de tragédias como a que aconteceu em 18 de junho na cidade Charleston, no estado norte-americano da Carolina do Sul – onde um jovem branco matou a tiros nove membros de uma igreja metodista –  as reações naturais são de indignação, choque e tristeza. O ódio racial,  a lamentável motivação para esse crime, nasceu do preconceito de cor. Mas o preconceito não ocorre só lá, nem discrimina apenas a cor.

Questões como o gênero, a orientação sexual, o grau de instrução, a classe social,
a aparência física e a crença religiosa, entre outras, também representam, com frequência, estopins capazes de deflagrar a intolerância dentro de nós. Neste mesmo mês de junho, por exemplo, a imprensa nacional divulgou o fato lamentável de uma menina de 11 anos que foi apedrejada no Rio de Janeiro porque estava saindo de um centro espírita.

E se o preconceito e a intolerância são atitudes condenáveis em qualquer pessoa, num cristão elas são inadmissíveis. Devemos amar de maneira incondicional. Amar o próximo, independentemente de qualquer uma de suas características, é um mandamento de Deus. Nosso amor precisa ser um espelho do amor divino, que não faz acepção de pessoas. “O mandamento que Cristo nos deu é este: quem ama a Deus, que ame também o seu irmão”, ensina João (1 João, 4:21 NTLH).

No Brasil, crescemos ouvindo que este é o país da miscigenação, quase um paraíso na Terra, onde não há discriminação de cor e onde a tão cantada cordialidade do povo acolhe a todos de braços abertos. No entanto, basta um olhar apenas um pouco mais atento para vermos que a realidade não é bem assim.

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Todos conhecemos pessoas que têm amigos negros, mas que não querem que seus filhos namorem um negro. Que se dizem abertos às diferenças, mas se afastam quando veem um sem-teto ou um travesti. Que não tomam partido para impedir atos discriminatórios ou violentos. Todos esses tristes fatos, e muitos outros, que diariamente chegam a nós pela mídia, revelam os mais diversos tipos de preconceito, e deveriam provocar profundas reflexões em cada igreja e em cada cristão. Precisamos buscar invariavelmente a prática dos valores bíblicos em todas as esferas de nossas vidas, e o amor ao próximo – que se opõe ao preconceito – não pode ficar de fora desse processo, sob pena de pecarmos por desobediência. “Ame os outros como você ama a você mesmo. Quem ama os outros não faz mal a eles. Portanto, amar é obedecer a toda a lei.” (Romanos 13:10 NTLH).

É tempo de amarmos mais e discriminarmos menos. Sermos mais solidários e manifestar nosso amor ao próximo com a mesma veemência com que nos proclamamos cristãos. E isso começa dentro da Igreja, inclusive na comunhão com nossos irmãos.

Pensem nisso. Boa leitura!

Mário Fernando Souza
Editor Executivo

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