Segundo a geriatra Aline Thomaz, do hospital São Camilo, de São Paulo (SP), é possível expandir capacidades mentais com a ajuda de jogos interativos, como retardar o processo de perda de memória e evitar a demência.

“Os jogos de videogame estão sendo usados em tratamentos de pacientes com Acidente Vascular Encefálico (AVE) e Mal de Parkinson e têm alcançado excelentes resultados na reabilitação. Mesmo com habilidades prejudicadas pela doença, os pacientes tiveram seu desempenho e suas demandas cognitivas e motoras melhoradas por meio do treino e com o auxílio da realidade virtual”, comenta a médica.

Isso acontece porque os games funcionam como instrumentos de modulação cognitiva por meio de alterações bioquímicas e na estrutura do cérebro. Entre as áreas estimuladas está a temporal, relacionada à memória e à aprendizagem, e que também aumenta o fluxo sanguíneo dos lobos frontal e pré-frontal – responsáveis pela tomada de decisões, pelo controle motor e pela atenção.

“Ao exercitar por meio dos movimentos típicos de cada esporte simulado, o jogo interativo propicia à pessoa idosa a oportunidade de melhorar o seu condicionamento físico, força e equilíbrio, além de elevar a sua autoestima e o reconhecimento social”, diz a geriatra.

Já para os idosos saudáveis, Aline Thomaz afirma que os games podem propiciar excelentes resultados no controle da marcha – considerando velocidade e habilidade para andar – e no declínio cognitivo. “Não há dúvida de que esses jogos podem ser extremamente úteis na busca de um envelhecimento ativo e saudável”, reforça.

Os jogos que comprovaram os benefícios nas pesquisas foram: Genius, Pong, memória, moeda, Nintendo Wii, Brain Age, Mindfit e Brain Fitness Program.

Ainda assim, a médica lembra que a “fórmula” para alcançar uma velhice saudável é formada por três pilares: exercícios físicos regulares, alimentação saudável e baixo nível de estresse.

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