O que está ocorrendo no país é apenas a ponta do iceberg, pois movimentos semelhantes estão se espalhando pelo mundo islâmico
Por Patricia Scott
No Irã, cerca de um milhão de muçulmanos já se converteram a Jesus, de acordo com informações do ministério de rádio internacional The Tide e de um novo relatório da CBN. Em contraste, 50 mil das 75 mil mesquitas do país fecharam devido à queda significativa no comparecimento dos fiéis, como anunciado em fevereiro por Mohammad Abolghassem Doulabi, um clérigo sênior iraniano.
Don Shenk, diretor-executivo do ministério The Tide, afirma que os muçulmanos estão respondendo às mensagens evangelísticas transmitidas no Irã. “Recebemos relatos de ouvintes que dizem: ‘Agora entendo que Deus me ama. Sempre pensei que Deus queria me punir’”, revelou Shenk, acrescentando: “Há um despertar espiritual acontecendo em todo o mundo muçulmano, não apenas no Irã.”
De acordo com The Tide, o que está ocorrendo no Irã é apenas a ponta do iceberg, pois movimentos semelhantes estão se espalhando pelo mundo muçulmano. “Não é incomum que muçulmanos sonhem com Cristo”. O ministério explicou que esses sonhos não levam imediatamente à conversão, mas são passos importantes na jornada espiritual, ajudando a superar barreiras do Islã. Após esses sonhos, muitos muçulmanos são frequentemente guiados a cristãos que os apoiam de forma relacional.
Um levantamento realizado em dezembro pelo Instituto Gamaan, com sede na Holanda, revelou que 80% dos iranianos rejeitam a República Islâmica e desejam um governo democrático. Essa crescente conversão ao Cristianismo, descrita como uma “revolução de Jesus”, gerou preocupação e reação do governo islâmico, de acordo com Todd Nettleton, vice-presidente de mensagens da Voz dos Mártires. É importante notar que a conversão do Islã para o Cristianismo é ilegal no Irã.
Nettleton avaliou que muitos iranianos buscam esperança devido à alta taxa de dependência de drogas e à corrupção prevalente no país, além de mais da metade da população viver abaixo da linha da pobreza. “E o povo do Irã vê isso e diz: ‘Se é isso que o Islã trouxe nos últimos 45 anos, não estamos interessados. Queremos explorar outras opções’”, disse ele.
Segundo Nettleton, essa visão do povo não agrada ao regime. “O governo, em muitas maneiras, está tentando solidificar seu poder e reprimir qualquer forma de dissidência”. Nesse contexto, a Portas Abertas destaca que o governo considera a conversão como uma tentativa do Ocidente de minar o Islã e o governo islâmico do Irã.
Como resultado, qualquer pessoa associada a uma igreja doméstica pode ser acusada de crimes contra a segurança nacional, o que pode levar a longas penas de prisão. Aqueles que são presos ou detidos podem sofrer tortura e maus-tratos, e alguns cristãos libertados são monitorados, sabendo que uma segunda detenção significaria uma pena ainda mais severa.
A Portas Abertas também observa que o Cristianismo no Irã é tolerado apenas para aqueles que nasceram em comunidades cristãs tradicionais, como armênios ou assírios. Para os cristãos convertidos do Islã, no entanto, nem mesmo a mínima tolerância é oferecida. Com informações Evangelical Focus