O Instituto LIVRES é uma organização do terceiro setor que atua desde 2006 com propósito de oferecer desenvolvimento integral às comunidades que habitam em áreas do sertão do Brasil
Por Marlon Max
Não é novidade para ninguém que o cenário da pandemia afetou a todos. Neste aspecto, o Instituto LIVRES alerta para queda de 53% nas doações. Segundo o CEO da organização, Clever Murilo Pires, a redução pode atingir direta ou indiretamente as cerca de 37 mil pessoas atendidas pelos projetos no sertão do Piauí.
Empresas, pessoas, famílias, escolas e seus alunos, o mercado econômico, hospitais e praticamente todas as demais organizações do país também sofrem com os reflexos da crise sanitária. Mas, por certo, a população vulnerável foi a mais impactada e continua sofrendo com a situação.
“Se por um lado celebramos a queda do número de mortos pela COVID-19, no outro lado temos que lidar com seus impactos. O número de desemprego continua altíssimo, itens básicos estão cada dia mais caros e o preço de insumos primários, como o combustível e a energia não param de subir”, afirma o CEO do LIVRES.
Segundo ele, devido às proporções econômicas da crise, a onda não atingiu somente a organização, mas também os investidores e parceiros, “o que explica os reflexos da redução em todos os setores”, analisa Clever.
“Chegamos a cogitar o encerramento de muitos projetos. Porém, de nada adianta ficarmos parados enquanto existem pessoas que necessitam de nossa ajuda. Sendo assim, resolvemos retomar a campanha SOS LIVRES para angariar fundos emergenciais”, anuncia o CEO.
Dados revelam perfil dos doadores no Brasil
Os dados da segunda edição da Pesquisa Doação Brasil, coordenada pelo IDIS (Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social) e realizada pelo Ipsos, comprovam que a doação encolheu no Brasil, em todas as suas formas, desde a doação em dinheiro, até a doação de bens e de tempo (trabalho voluntário).
Enquanto em 2015, 77% da população havia feito algum tipo de doação, em 2020, o percentual ficou em 66%. Quando se trata de doação em dinheiro, a proporção caiu de 52% para 41%. E no caso de doações para organizações/iniciativas socioambientais, a redução foi de 46% para 37%.
No entanto, as doações geralmente são pontuais e, principalmente, para causas que abrangem pessoas em situação de extrema vulnerabilidade social. Ainda de acordo com a pesquisa, além do perfil doador, o dinheiro é a forma preferida de doar, sendo que o valor médio ficou em R$ 617 por pessoa.
As ações solidárias mais frequentemente realizadas foram para igrejas ou organizações religiosas; seguida de doações diretas para as pessoas necessitadas e, em terceiro lugar, as doações em dinheiro para organizações sem fins lucrativos.
SOS LIVRES
Por isso, o LIVRES segue acreditando na capacidade de doação daqueles que confiam no trabalho realizado e decidiu manter o SOS LIVRES, campanha que visa levantar um exército de pessoas que acreditam nas causas sociais e projetos e desejam construir uma sociedade mais justa e inclusiva.
“Sabemos bem que todos nós vivemos momentos muito difíceis, principalmente na área financeira. Porém, acreditamos na força da mobilização coletiva e sabemos que juntos podemos ir bem mais longe”, conclui.
Serviço
Para participar da campanha, acesse o site da organização: doe.institutolivres.org.br
Sobre o Instituto LIVRES
Fundado pelo músico e compositor Juliano Son, o instituto realiza diversas ações que promovem mudanças efetivas nas condições físicas, emocionais e espirituais das pessoas impactadas.