Indonésia envia 192.000 funcionários de segurança para proteger os cristãos no Natal
A Indonésia tem a maior população muçulmana do mundo. No entanto, em dezembro, o país anunciou o envio de 192.000 funcionários de segurança para proteger cristãos no período de Natal. A data apresenta risco para ataque extremista islâmicos.
Autoridades do arquipélago do sudeste asiático, estão encaminhando policiais, e soldados da marinha por todo o país. Ademais, em províncias predominantemente cristãs como: Papua e Papua Ocidental.
A ação é para garantir as celebrações de Natal e véspera de Ano Novo, que são interpretadas como um festival cristão. Os discípulos de Cristo representam 15% da população.
A força-tarefa deste ano é maior do que o ano anterior. Do mesmo modo 167.000 funcionários foram enviados. Um porta-voz da polícia disse: “Com base nos dados de inteligência, existem riscos em potencial”, explicou. Além disso, acrescentou: “Cerca de 10.000 funcionários serão destacados apenas em Jacarta”.
CONFLITOS
Muçulmanos e cristãos viviam pacificamente na Indonésia, mas desde os anos 80 o papel do Islã na vida pública aumentou dramaticamente. Na província semi-autônoma de Aceh, autoridades locais implementaram a lei sharia. Em 2017 o caso de blasfêmia foi instaurado contra o ex-governador cristão de Jacarta , Basuki Tjahaja Purnama, conhecido como “Ahok”.
Terroristas islâmicos atingiram a Indonésia em maio de 2018. Uma família de homens-bomba do EI atacou cultos matinais em três igrejas em Surabaya, na ilha de Java, matando 13 pessoas e ferindo mais de 40.
A atrocidade foi a mais mortal desde a véspera de Natal de 2000, quando 19 pessoas foram mortas e mais de 100 ficaram feridas. A onda de ataques coordenada contra serviços religiosos em Jacarta, Bekasi, Medan, Sukabumi, Mojokerto, Bandung, Ilha Batam e Lombok.
Em novembro de 2019, autoridades indonésias anunciaram que estavam reprimindo a ideologia islâmica de linha dura, denunciando conteúdo extremista postado online por funcionários públicos e tomando medidas para substituir os livros escolares considerados como contendo material radical.
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