Mais de 1.500 organizações religiosas foram afetadas pela revogação “arbitrária” do governo
Por Patricia Scott
A Aliança Evangélica Nicaraguense é uma das mais recentes organizações cristãs a sofrer com a revogação de seu status legal. No início de agosto, o governo nicaraguense retirou o registro de mais de 1.500 organizações, e, em seguida, outras 169 instituições também foram afetadas.
A Christian Solidarity Worldwide (CSW) informou que entre as organizações impactadas estão dezenas de igrejas protestantes, além da Associação Cultural Latino-Islâmica. Outra organização cristã atingida é a Primeira Igreja Batista de Manágua, fundada na capital em 1917, que gerenciava escolas, um seminário, um hospital e uma estação de rádio.
A Primeira Igreja Presbiteriana Shalom da Nicarágua, a Igreja Adventista da Mensagem Eterna do Evangelho dos Três Anjos e a Igreja Cristã Reformada da Nicarágua também foram afetadas. Desde 2018, um total de 5.552 organizações perdeu seu status legal, muitas das quais são igrejas ou têm vínculos com elas. Entre as instituições afetadas estão grandes entidades como a Igreja Episcopal da Nicarágua e a Igreja Morávia da Nicarágua, com longa história no país.
Anna Lee Stangl, chefe de advocacia da CSW, afirmou que a revogação do status legal foi “arbitrária” e deixou os membros dessas instituições sem um local para se reunir. Stangl expressou preocupações específicas sobre as crianças atendidas pelas escolas e hospitais associados às igrejas.
“Muitas das associações afetadas são partes essenciais do tecido social e cultural de suas comunidades. Continuamos a nos solidarizar com aqueles que dedicaram suas vidas à melhoria de suas localidades, apenas para ver tudo ser arbitrariamente tirado por um governo totalitário focado em sua própria sobrevivência”, comentou Stangl.
Ela acrescentou que as ações do governo nicaraguense devem ser condenadas pela comunidade internacional: “A CSW condena veementemente a revogação arbitrária do status legal de outras 169 organizações independentes da sociedade civil. Apelamos à comunidade internacional para que se manifeste contra essas ações”. Com informações The Christian Today