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terça-feira, 8 DE outubro DE 2024

Igrejas e ONGs se unem para ajudar vítimas do ciclone

Para tentar aliviar o sofrimento da população gaúcha, algumas igrejas e ONGs têm atuado sistematicamente nas regiões afetadas. Foto: Divulgação/ADRA

A força-tarefa no Rio Grande do Sul atua em um momento crucial, onde áreas afetadas voltam a sofrer com as chuvas. 

Por Cristiano Stefenoni

Um novo ciclone extratropical trouxe mais chuvas esta semana ao Rio Grande do Sul. Os volumes de água podem superar os 150 milímetros, segundo previsões do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A situação pode piorar, já que o Super El Niño está apenas no começo, conforme alerta do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais. Para tentar aliviar o sofrimento da população, algumas igrejas e ONGs têm atuado nas regiões afetadas.

“No momento estamos trabalhando em algumas cidades como Lajeado, Estrela, Encantado e Vale do Taquari com a distribuição de kits de higiene, kits de limpeza, kits ternura para as crianças, apoio psicossocial com a pedagogia de emergência, colchões, cobertores e jogos de cama”, explica Henrique Alencar, coordenador nacional para Assuntos Humanitários e de Emergência da ONG Visão Mundial.

De acordo com o coordenador, as ações da ONG têm acontecido desde o dia 08 de setembro e seguem ativas até então. “Estamos com a equipe no terreno articulando, mapeando, envolvidos com a resposta a esta emergência. Em breve teremos um time com 10 a 15 pessoas apoiando diretamente em várias ações”, ressalta Alencar.

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Igrejas e ONGs se unem para ajudar vítimas do ciclone
Equipe da ONG Visão Mundial na distribuição de kits de higiene, kits de limpeza, kits ternura para as crianças, apoio psicossocial com a pedagogia de emergência, colchões, cobertores e jogos de cama. Foto: divulgação

Alimentos, material de limpeza e vale-compras

Já a Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA) está com mais de 300 voluntários nas regiões mais afetadas pelo ciclone. Além disso, a ONG conta com uma unidade móvel com capacidade para preparar 4.500 refeições por dia, lavar até meia tonelada de roupas e oferecer atendimento psicológico à comunidade.

Até os uniformes dos bombeiros são higienizados pela equipe da ADRA. Além disso, têm sido entregues colchões, cestas básicas, kits de limpeza e higiene, refeições, marmitex, lanches, peças de roupas e um voucher de R$ 500 para compras de primeira necessidade.

“Desde nossa chegada, vemos que a dimensão do desastre é avassaladora. Nossos esforços, embora significativos, ainda parecem pequenos diante do cenário. No entanto, cada gesto, cada auxílio é uma luz na vida de quem foi afetado”, ressalta Daniel Fritoli, diretor da ADRA RS.

Igrejas empenhadas em ajudar

Na luta para ajudar ao povo sofrido do Sul do país, várias denominações têm feito a sua parte. “Mobilizamos todo o povo gaúcho para esta primeira fase de socorro: mutirões de limpeza e cozinhar para os voluntários e para os moradores que perderam tudo. Também recebemos todos os tipos de donativos e posteriormente distribuímos de acordo com as necessidades dos moradores”, explica o pastor Egon Grimm Berg, diretor-executivo da Convenção Batista no Rio Grande do Sul.

Segundo o pastor, agora a igreja está em uma segunda fase, que é reconstruir moradias e equipá-las com o mínimo necessário (fogão, geladeira, louças, colchões, camas, etc). “A necessidade é grande, mas nosso Senhor é maior e os resultados positivos chegarão a quem perdeu tudo”, ressalta o pastor Berg.

Igrejas e ONGs se unem para ajudar vítimas do ciclone
A Convenção Batista no Rio Grande do Sul está em empenhada em uma segunda fase, que é reconstruir moradias e equipá-las com o mínimo necessário. Foto: Divulgação

Já a Convenção Estadual da Assembleia de Deus no Rio Grande do Sul (CIEPADERGS) criou a campanha Oração + Ação Vale do Taquari, onde auxiliam com oração, envio de recursos e donativos para a reconstrução das Igrejas e amparo às famílias.

A Aliança Evangélica Brasileira também iniciou uma campanha para auxiliar os atingidos pelo ciclone. A Graça Church e a Igreja Palavra da Vida têm recebido doações de higiene pessoal, água potável, roupas e calçados, roupa de cama, colchão, produtos de limpeza, alimentos e móveis.

A Igreja Batista da Comunhão montou postos de coleta de itens essenciais como alimentos não-perecíveis, água, produtos de higiene, roupas, lençóis, cobertores, toalhas de banho e travesseiros. A Assembleia de Deus de Viamão, também recebe as contribuições, assim como a Igreja Mover de Canoas.

A iVales Gravataí também tem recebido doações, bem como a Igreja Batista Betel de Guaíba e a Assembleia de Deus de Cachoeirinha. Já a sociedade Sociedade Bíblica do Brasil (SBB) enviou 1.500 Novos Testamentos para consolar e renovar a esperança dos irmãos atingidos pela tragédia.

Ajuda de todos os lados

O drama vivido pelos moradores do Rio Grande do Sul tem mobilizado vários órgãos, instituições e empresas. A Ortobom, por exemplo, fez a doação de 200 colchões nos locais de acolhimento nos municípios de Estrela, Lajeado, Roca Sales, Encantado e Muçum.

Uma força-tarefa formada por 140 presos está trabalhando na limpeza de escolas que foram atingidas por enchentes. Outros 900 servidores públicos do estado atuam nas buscas, resgates, identificação de corpos e reparos na infraestrutura.

Igrejas e ONGs se unem para ajudar vítimas do ciclone
Uma força-tarefa formada por 140 presos está trabalhando na limpeza de escolas que foram atingidas por enchentes. Foto: Jonathan Silva/ Ascom Susepe/ Divulgação

A tragédia no Sul

O primeiro ciclone extratropical atingiu o estado gaúcho no início de setembro e deixou um rastro de destruição em várias cidades. Segundo a Defesa Civil, até o momento já foram contabilizados: 48 mortes, 09 pessoas desaparecidas, 20.988 desalojados, 1.088 desabrigados e quase 360 mil pessoas afetadas pelas inundações.

Como ajudar

O governo do Rio Grande do Sul criou uma chave Pix (CNPJ) para receber doações em valores de pessoas e empresas que desejam repassar recursos para auxiliar às vítimas das enchentes que atingiram o estado. Todo o processo passará por auditoria. Os valores serão geridos em parceria com entidades que atuam no trabalho de assistência social e ajuda humanitária, para reduzir a burocracia e acelerar a chegada a quem mais precisa.

PIX para a conta SOS Rio Grande do Sul

CNPJ: 92.958.800/0001-38

Banco do Estado do Rio Grande do Sul

 

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