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segunda-feira, 18 março 2024

Após polêmica da “Calibre 12” pastor relata posição da igreja

Pastor Dinho Souza, presidente da igreja Povo da Cruz em Laranjeiras, Serra (ES). Foto: Reprodução / Instagram igrejapovodacruz

Em exclusiva para a Comunhão, o pastor Dinho Souza, que ganhou repercussão nacional ao rifar uma “Calibre 12”, é notificado pelo exército, e ‘esclarece alguns fatos’

Por Victor Rodrigues 
 

Diversos portais de notícia tem repercutido o “inusitado sorteio” de uma espingarda calibre 12, feito pela Igreja Povo da Cruz, uma igreja evangélica da Serra, Espírito Santo, e está dando o que falar. 

O valor de cada bilhete é R$ 100,00, e será destinada para a construção do ministério infantil da igreja, que está se mudando para um novo local.

A Comunhão entrevistou em exclusiva o pastor Dinho Souza, da Igreja Povo da Cruz, e buscou compreender o ponto de vista da igreja. Segundo ele a espingarda foi doada por um amigo colecionador.

“Essa arma ela não existe fisicamente, não é uma arma que o cara tem guardada na casa dele, que estamos ‘rifando’ por que isso é proibido por lei. O ganhador tem direito a uma espingarda calibre 12, porque esse doador já comprou na loja e não retirou. Ele quer nos ajudar, mas a pessoa que ganhar só pode retirar na loja se tiver o aval do exército ou da Polícia Federal”, conta o pastor. 

“Antes de tudo, caso o ganhador não tenha a liberação legal de ter direito a arma, ou ele vai precisar fazer o processo que o dá legalidade diante da lei, ou caso não possa realizar o processo, ele vai retirar um valor em dinheiro que será determinado pelos organizadores da rifa”, completa. 

Além da espingarda, um registro CAC (Colecionador, Atirador e Caçador) também está sendo sorteado. A rifa diz que é preciso cumprir as normas pré-estabelecidas pelo exército para conseguir a carteira de registro.

Após polêmica da “Calibre 12” pastor relata posição da igreja
Em vídeo divulgado no Instagram da Igreja Povo da Cruz, pastor esclarece “rifa polêmica”. Foto: Reprodução

Repercussão polêmica 

Além disso,  em um vídeo divulgado no Instagram da igreja (@opovodacruz) nessa quinta-feira (26) o pastor defendeu que todo cidadão de bem precisa ter uma arma, seja ele ímpio ou cristão, e fez questão de destacar que a arma será para um cidadão de bem.

“Nós incentivamos a todo homem de bem que tenha uma arma na sua casa para defesa de sua família. Aquele que nega, que negligencia a defesa da sua família, não pode ser chamado de homem”, disse Dinho Souza. 

Da mesma forma polêmica, o pastor Dinho é o responsável estadual pelo projeto “Nossas Histórias Curam”, sediado em Brasília, o projeto que acolhe vítimas de abuso sexual no ambiente religioso. 

Exército notifica igreja 

Segundo fontes no Exército, na última sexta-feira (27), uma notificação oficial foi elaborada para a igreja. Diante da repercussão do sorteio da arma, divulgado pela igreja, o Comando do 38º Batalhão de Infantaria do Exército Brasileiro apura o caso. 

A instituição terá que explicar a origem da arma, se ela tem documentação e registro feito no Comando do Exército ou na Polícia Federal. Comprovada qualquer irregularidade incorrerá responsabilização legal. A igreja já foi notificada para que preste esclarecimentos.

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