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terça-feira, 16 abril 2024

Igreja centenária é fechada no Irã

Foto: Reprodução

Agentes do governo invadiram o patrimônio, trocaram fechaduras e derrubaram a cruz da torre.

Segundo a Agência Internacional de Notícias Assíria, agentes de inteligência iranianos atacaram uma igreja presbiteriana com 100 anos de história, em Tabriz, no Irã. Eles removeram a cruz de sua torre e a fecharam. O fato ocorreu no dia 9 de maio.

“Eles deixaram claro que o povo assírio não tem mais permissão para realizar cultos de adoração”, disse uma fonte ao ‘Artigo 18’, um grupo de advogados cristãos iranianos com sede em Londres.

Segundo a fonte, que integra a membresia da igreja, os agentes do Ministério da Inteligência e a Execução da Ordem do Imam Khomeini (EIKO) “entraram no complexo da nossa igreja e mudaram todas as fechaduras das portas, removeram a cruz da torre alta, instalaram alguns instrumentos de monitoramento e começaram a ameaçar e forçar nosso vigilante a sair de dentro do complexo imediatamente”.

A igreja é considerada Patrimônio Nacional. Mas foi “confiscada” após uma decisão do Tribunal Revolucionário em 2011. No entanto, os membros foram autorizados a usar as instalações até que as autoridades do governo iraniano a fecharam no início deste mês.

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Risco e preocupações

A repressão à igreja ocorre em um momento em que os líderes do Irã estão publicamente reconhecendo a disseminação do cristianismo em toda a república islâmica e se preocupam cada vez mais com isso.

“Não tivemos outra escolha senão chamá-los para perguntar por que eles estavam se convertendo. Alguns deles disseram que estavam procurando uma religião que lhes desse paz. Dissemos a eles que o Islã é a religião da fraternidade e da paz. Eles responderam dizendo: ‘Todo o tempo vemos clérigos muçulmanos e aqueles que pregam do púlpito falarem uns contra os outros. Se o Islã é a religião da cordialidade, então antes de qualquer outra coisa, deve haver cordialidade e paz entre os próprios clérigos”, disse Mahmoud Alavi, ministro da inteligência da República islãmica

Cristãos das comunidades assíria e armênia históricas do Irã são uma minoria reconhecida, que geralmente são capazes de praticar livremente sua fé, desde que não abram suas portas para os iranianos nascidos muçulmanos. Os membros da igreja que evangelizavam muçulmanos já foram acusados de “ações contra a segurança nacional” e receberam longas sentenças de prisão.

“Muitas igrejas protestantes foram confiscadas no Irã. “Na maioria dos casos, o governo tem sido incapaz de reutilizá-las, especialmente se foram listadas. Então, elas normalmente permanecem como edifícios vazios, muitas vezes negligenciados, e que se transformam em ruínas antes de serem demolidos”, explica o diretor de defesa do artigo 18, Mansour Borji.

Hoje, o Irã ocupa a 9ª posição no ranking da Lista Mundial da Perseguição 2019, sendo a opressão islâmica e a paranoia ditatorial os principais tipos de perseguição contra os cristãos locais.

*Com informações de CBN News e Portas Abertas


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