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quinta-feira, 23 DE janeiro DE 2025

Frociaggine: a fala de Francisco

Termo italiano, que em uma tradução literal seria a palavra “viadagem”, foi utilizado pelo papa Francisco

Por Rev. José Ernesto Conti 

A agência Vatican News informou que o papa Francisco esteve nesta terça-feira (11/06) na Universidade Salesiana situada no bairro Montesacro, em Roma, para conversar com os sacerdotes entre 11 e 39 anos. Segundo a publicação, no final do encontro, abriu-se para perguntas a ele. Ao ser perguntado a respeito da agenda LGBT, o papa falou sobre o perigo das ideologias na Igreja e que o Dicastério para o Clero deveria evitar que pessoas com tendências homossexuais sejam admitidas nos seminários da igreja.

O que chamou a atenção dos presentes, porém, foi o termo usado por Francisco para definir os homossexuais. Ele usou o termo italiano “frociaggine”, que, em uma tradução literal, seria a palavra “viadagem”. O problema é que essa declaração vem poucas semanas após o pontífice ter pedido desculpas por utilizar a mesma palavra em um encontro privado com bispos italianos.

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Qual é o problema de usar esse tipo de expressão com um grupo de sacerdotes sujeitos a todas as influências nefastas da sociedade moderna, se ele estava falando para jovens, sobre uma questão que tem angustiado severamente a Igreja Católica? Nenhum! Na minha opinião, o medo de nossas autoridades de abordar certos assuntos de frente e de forma direta, numa tentativa de suavizar a questão ou manter o “politicamente correto”, tem levado a sociedade a acreditar que esse tipo de assunto não tem importância ou relevância.

Tornou-se padrão na mídia diluir totalmente as questões mais sérias da nossa sociedade. Daí muitos ficarem assustados com certas palavras que usamos (sem traumas) no passado. Temos vários exemplos de que palavras marcantes em momentos decisivos da história sempre foram relevantes. É o caso da frase “Independência ou Morte”, que fez toda a diferença, em um momento crucial da história do Brasil. “Penso, logo existo!”, “Só sei que nada sei!” e por aí vai…

Vivemos dias em que nossa sociedade carece de posicionamentos firmes e sérios, porém o que temos visto é o contrário. A tolerância tem sido usada muito mais para anestesiar nossas mentes do que para definir os limites das nossas atitudes. Francisco chocou a todos, quando usou pela segunda vez a palavra “frociaggine”? Chocou, mas posso lhes garantir, deu resultado! Ou melhor, deixou claro que uma coisa é a igreja aceitar que pessoas façam a opção sexual que quiserem, outra é a igreja permitir que seus sacerdotes ou freiras sejam homossexuais. Não sou católico, mas gostei da forma como Francisco abordou esse assunto.

José Ernesto Conti é pastor da Igreja Congregação Presbiteriana Água Viva e engenheiro mecânico.

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