Apesar de atuante na obra do Senhor, incompreendida, ela foi perseguida e retornou à Suécia, onde chegou a ficar internada em hospital psiquiátrico
Por Patricia Scott
Frida Vingren (1891-1940) foi reconhecida como pastora, na última quinta-feira (13), pelo bispo Abner Ferreira, presidente da Assembleia de Deus – Ministério de Madureira. Como esposa do missionário sueco Gunnar Vingren, um dos fundadores da Assembleia de Deus, ela desempenhou um papel importante para a propagação do Evangelho no país, como também para a implantação e fortalecimento da denominação pentecostal.
“Com este resgate histórico fica a missionária Frida Vingren, reconhecida como pastora da Assembleia de Deus de São Cristóvão, Ministério de Madureira”, disse o pastor.
Apesar de toda contribuição à denominação, Frida foi perseguida. Assim, retornou para a Suécia, onde adoeceu, fiando internada em uma clínica psiquiátrica. “Ela saiu daqui angustiada, mas quando nós chegarmos lá no céu, vamos dizer: ‘Nós tivemos tempo de colocar a senhora na galeria dos pastores que passaram pela gloriosa Assembleia de Deus em São Cristóvão’”, ressaltou Abner Ferreira.
O bispo assinou um diploma assinado, que será transformado em uma placa de bronze. Ela ficará exposta na entrada do templo que o casal Vingren serviu ao Senhor por 15 anos.
O pastor Geremias Couto, que é teólogo e jornalista, leu o documento. Ele enfatizou as diversas funções que Frida Vingren realizou na obra missionária.
“Não tenho palavras esta noite para expressar os sentimentos do meu coração se não dizer que é a correção de uma injustiça e ao mesmo tempo temos aqui um ensino pedagógico para que erros como este nunca mais se repitam”, ressaltou Geremias Couto.
O diploma destaca as atribuições Frida, além das prerrogativas legais que ela desempenhou na evangelização. Ela, inclusive, substituiu Gunnar em atividades eclesiásticas, além de compor hinos da Harpa Cristã e atuar como jornalista nas publicações Boa Semente, Som Alegre e Mensageiro da Paz.