A afirmação foi feita em um culto na Igreja Vitória em Cristo, da Assembleia de Deus, na Penha, na zona norte carioca
Por Roberta Jansen (Agência Estado)
Em discurso, o ex-ministro da Justiça e pastor presbiteriano André Mendonça, recém-eleito ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), disse que sua eleição para o cargo já estava determinada por Deus “desde antes da fundação do mundo”.
A afirmação foi feita em um culto na Igreja Vitória em Cristo, da Assembleia de Deus, na Penha, na zona norte carioca. Mendonça estava acompanhado do governador Claudio Castro (PL), do senador Romário (PL-RJ), de parlamentares bolsonaristas e de três desembargadores.
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Parafraseando o astronauta americano Neil Armstrong, o primeiro homem a pisar na lua, Mendonça afirmou que sua nomeação era um grande salto para os evangélicos.
“O propósito da igreja nesse salto é glorificar a Deus”, disse Mendonça, que é pastor, em sua pregação de 26 minutos, marcada por muitos gritos de “amém” e “aleluia”, além de aplausos, no templo lotado. Todos estavam de máscara, para se proteger de contaminação pelo novo coronavírus.
Mendonça contou que estava muito calmo durante a sabatina no Senado porque sabia que Deus já havia “escrito a história”. “Deus tem um propósito para cada um de nós”, disse. “Eu nunca tive dúvidas das promessas de Deus, do que Deus tinha me dito anos atrás”, afirmou. “Não via como se realizaria, mas sabia que ele tinha prometido.”
O ministro eleito afirmou ainda que era muito bom estar no Culto da Vitória “depois dessa grande vitória que Deus nos preparou”. Coube ao anfitrião, o pastor Silas Malafaia, que falou logo após Mendonça, dizer que o discurso religioso do novo ministro não fere a laicidade do Estado. “É uma estupidez, uma imbecilidade e um preconceito”, nas palavras de Malafaia, dizer que a nomeação do pastor André Mendonça ao STF fere o caráter laico do Estado.
Com informações de Agência Estado