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terça-feira, 16 abril 2024

“Não vou ser presa”, afirma Flordelis sobre a morte do marido

flordelis
Foto: Marcos Tristão

Além do processo na Justiça, Flordelis, que também é pastora, também corre o risco de perder seu mandato. Frente Parlamentar Evangélica repudia críticas a religiosos pelo caso da deputada.

Por Felipe Frazão (AE) e Priscilla Cerqueira 

A Frente Parlamentar Evangélica do Congresso divulgou nota nesta quinta-feira, 3, em que diz considerar “reprovável e repugnante” o comportamento “daqueles que tentam nivelar o segmento evangélico do Brasil pelo ocorrido com a deputada federal Flordelis (PSD-RJ)”. A parlamentar é acusada pelo assassinato marido, o pastor Anderson do Carmo, morto em junho do ano passado.

Na nota, a chamada “bancada evangélica” diz que “não é natural nem aceitável que alguém que se intitule cristão possa cometer ato tão absurdo, como envolver-se em um assassinato brutal que chocou o Brasil”. Flordelis é cantora gospel e comanda igrejas do segmento evangélico que levam o seu nome, Ministério Flordelis.

“Ressaltamos que a intenção da FPE em momento algum é fazer pré-julgamento, pelo contrário, muito nos alegrará se ao final do processo, restar-se comprovada a inocência da deputada. No entanto, temos que admitir que, até o momento, nenhum fato favorável a deputada foi apurado, muito pelo contrário”, diz a nota divulgada pela FPE, composta por 195 deputados e 8 senadores.

Denúncia

Flordelis foi denunciada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro como mandante do crime. Dois filhos dela – entres adotados e biológicos, são 55 – já estavam presos. No último dia 24, outros cinco, além de uma neta, também foram para a cadeia acusados de participação no assassinato.

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A investigação durou mais de um ano, e os responsáveis pelo inquérito concluíram que a deputada “foi a autora intelectual, a grande cabeça desse crime”. A defesa de Flordelis nega o envolvimento da parlamentar e diz que a investigação é “contraditória e espetaculosa”.

Em sua primeira entrevista após ser denunciada como responsável por mandar matar seu marido a deputada falou em uma entrevista ao jornalista Roberto Cabrini, do SBT: “Não estou preparada para ser presa e não vou ser. Sou inocente e tenho certeza que minha inocência será provada nos próximos dias”.

Flordelis negou as suspeitas que mandou matar Anderson porque não podia se separar dele.  “Isso não existe. Não existe ‘escandalizar o nome de Deus’. Se eu tivesse que me separar, eu me separaria”, afirmou.

Situação da deputada

Além do processo na Justiça, Flordelis também corre o risco de perder o seu mandato. Na terça-feira, 1, a Mesa Diretora da Câmara encaminhou uma representação feita pelo deputado Léo Motta (PSL-MG) contra a deputada para a Corregedoria da Câmara. Este é o primeiro passo para um processo de cassação.

Em entrevista ao Estadão, o presidente do Conselho de Ética da Câmara, colegiado que deve avaliar o caso, afirmou que a ideia é levar o tema a votação o mais breve possível. “Vamos tentar dar celeridade às respostas que todos esperam”, disse Juscelino Filho (DEM-MA). O PSD, partido da parlamentar, também abriu um procedimento interna para expulsá-la.

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