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sexta-feira, 19 abril 2024

Felipe Heiderich fala pela primeira vez após sair da prisão

O pastor Felipe Heiderich, detido no dia 5 de julho na Cadeia Pública José Frederico Marques, localizada no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu (RJ), postou um vídeo no YouTube nesta quarta-feira (13) em que fala sobre a acusação de abuso contra o enteado de 5 anos, filho da pastora Bianca Toledo.

Com a cabeça raspada, por ter ficado preso por cinco dias, ele negou a tentativa de suicídio e que não teve o “direito à dúvida”. “Eu precisava me recuperar um pouco. Eu sempre achei que todo mundo era inocente até que se provasse o contrário. Mas, o que eu vivi nesses últimos dias, semanas, é que todos são culpados até que se prove o contrário. Assim como vocês, eu fiquei em choque com tudo o que foi dito a meu respeito e todas as acusações. Até dia 12, eu estava em família, feliz, ministrando na igreja, com uma criança que eu amei, que eu mais amei nessa vida, que eu ajudei a criar com a minha esposa. No dia 14, eu sou comunicado por ela de que ela tinha descoberto que eu era homossexual e pedófilo. Ela pegou, saiu de casa com meu filho e ali começaram os piores dias da minha vida”, diz.

Confira o declaração do Pr. Felipe Heiderich sobre as acusações.

De acordo com Felipe, ele não soube lidar com as acusações da mulher. “Eu fui fraco. Eu não soube lidar com essa situação. Eu não sei quem em sã consciência saberia lidar com essa situação. Primeiro pelo choque de achar que a criança que você ama estava sendo abusada por alguém. Isso, para mim, já seria suficiente para… Não sei como reagir. Segundo, essa pessoa ser você. Eu chorei muito nesse dia”.

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Heiderich conta que tomou um calmante de uso prescrito, mas não para se matar, conforme disse Bianca anteriormente, mas “para dormir”. “Eu peguei dois vidros de Rivotril (calmante), um estava completamente vazio e outro estava pela metade. Eu peguei esse, virei e deixei um pouco ainda. Não porque eu queria me matar, mas porque eu queria dormir, dormir. Por achar que aquilo era algo da minha mente, um equívoco qualquer”, diz o pastor que acrescenta: “Eu lembro que virei para minha esposa e perguntei se ela não ia me dar a opção da dúvida, se ela não ia querer ouvir que aquilo era uma das maiores mentiras possíveis, se era um plano de satanás”.

Ele também diz que sua vida ficou difícil após as acusações de abuso, que não irá julgar ninguém neste momento e pede perdão pelo ocorrido. “Minha vida virou de pernas pro ar. Eu fui acusado, julgado, maltratado, linchado e ninguém sequer me deu o beneficio da dúvida. Eu quero pedir perdão à Igreja de Deus porque, talvez, muitos na fé que me acompanham e acompanham nosso ministério tenham sido enfraquecidos. Mas entenda, me desculpa. Essa nunca foi a minha intenção, mas eu não soube lidar… Eu só queria sumir. Deus não teve a ver comigo”.

Prisão
Felipe Heiderich deixou a penitenciária na madrugada do último domingo (10) sem tornozeleira eletrônica, já que no Rio de Janeiro o aparelho está em falta nos presídios.

Processo
O inquérito policial sobre a acusação de abuso sexual concluiu que há indícios que provam o crime. De acordo com a delegada Cristiana Bento, da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima, que investiga o caso, serviram como base para as investigações os relatos de três babás que trabalharam com a família, os laudos psicológicos e psiquiátricos da criança e o depoimento da mãe da vítima.

“Efetivamente, ninguém viu o estupro. A prova que temos são relatos testemunhais. Trabalhamos apenas com indícios, e não com provas cabais”, esclarece Cristiana, frisando que as informações do inquérito são sigilosas.

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