No Amazonas, diversas igrejas tem feito um trabalho diferenciado de evangelização entre presidiários, que tem mudado de vida através da fé
Por Priscilla Cerqueira
No Amazonas, igrejas evangélicas promovem cultos em unidades prisionais para promover a ressocialização por meio da fé. O pastor Nereu Vila, responsável pelo grupo de assistência da Igreja Adventista, explica que a iniciativa pode servir como uma válvula de escape para os presos que buscam a recuperação.
“É uma ação muito importante, pois considero que os presos têm a oportunidade de se encontrar consigo mesmo e restabelecer um pouco a sua saúde emocional. Para quem tem fé, o encontro com a palavra divina serve como um caminho para a ressocialização. E o mais legal é que muitos não esquecem da importância de Deus em suas vidas e continuam frequentando a igreja mesmo após serem soltos”, afirma.
Alternativas
A igreja Chama Church, por exemplo, localizada no bairro Cidade Nova, Zona Norte de Manaus, oferece aulas preparatórias de vestibular para aqueles que desejam ingressar em uma faculdade pública. Além disso, a mesma igreja oferece atendimento médico e psicológico todas as quartas-feiras.

O atendimento religioso está previsto no artigo 24 da Lei de Execução Penal.
“A assistência religiosa, com liberdade de culto, será prestada aos presos e aos internados, permitindo-se a participação nos serviços organizados no estabelecimento penal, bem como a posse de livros de instrução religiosa”, diz o ordenamento jurídico. Entretanto, nenhum preso é obrigado a participar de atividade religiosa.
Reviravolta
Fundador da facção criminosa Família do Norte (FDN) e um dos mais notórios criminosos do país, José Roberto Fernandes Barbosa, conhecido nacionalmente como Zé Roberto da Compensa, resolveu se batizar à doutrina evangélica e deixou a criminalidade para trás.
A informação foi divulgada pelo pastor Hugo, em um vídeo publicado nas redes sociais. O líder evangélico afirma que o presidiário aceitou Jesus Cristo e só aguarda liberação da Justiça para ser batizado.