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sexta-feira, 19 abril 2024

Fé e Genética: Um estudo sobre o sopro da vida

Estudo bíblico mostra que Deus é quem traz a vida através da genética. Saiba mais no estudo formulado pelo professor Tiago Campos Pereira

O avanço do conhecimento humano nos últimos anos é impressionante. Entretanto, mesmo diante de todos esses progressos, novos obstáculos sempre se apresentam para o homem.
O espetacular desenvolvimento da ciência é o cumprimento de mais uma das várias profecias bíblicas.

“E tu, Daniel, encerra estas palavras e sela este livro, até ao fim do tempo; muitos correrão de uma parte para outra, e o conhecimento se multiplicará”, (Daniel 12:4).

Por outro lado, o instrumento que Deus nos deu para nos ligarmos a Ele não é a ciência, que está em construção, porém, sim, a fé, que é eterna. De acordo com o professor
Tiago Campos Pereira, diácono e membro do grupo Ciência e Fé da Igreja Cristã Maranata, precisamos guardar a fé a despeito de todas as coisas.

“Nossa fé não pode ser alicerçada em observações científicas que ‘sugerem a existência de Deus’. Essa ‘fé racional’ é extremamente frágil, pois a ciência passa por transformações, e um dado científico que hoje é “X” pode ser “Y” no futuro”, destaca o professor.

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“Algumas pessoas posicionam a ciência e a fé dentro de um ringue, colocando-as para lutar. Tais assim o fazem possivelmente por não entenderem a natureza e os limites da ciência, ou as características da fé”, complementa.

O Senhor sempre falou ao homem usando formas que ele compreendesse. Semelhantemente, o grupo de ciência e fé da ICM crê que Deus tem algo especial para ensinar, e trazer isso para o homem.

“É interessante notar que membros de uma mesma família biológica apresentam o mesmo sangue, que é o elemento que os une. Da mesma forma, o sangue de Jesus, que é o elemento que circula em todo o corpo de Cristo, sua Igreja, traz vida para todos os
seus membros”, afirma Campos, que concilia o seu diaconato com sua formação acadêmica.

Biblicamente, mediante o ‘novo nascimento’ temos Deus como Pai. A partir desta perspectiva entende-se que a ciência está associada a esta vida; a fé, à vida eterna. “Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus”, (João 3:3). A seguir, você aprenderá mais sobre “Fé e Genética” no estudo formulado pelo professor Tiago Campos Pereira

Introdução

Recentemente, pudemos testemunhar a era genômica, em que os mais de 20 mil genes humanos codificadores de proteínas, além dos milhares de genes para RNAs funcionais foram sequenciados.

Neste momento, começamos a identificar melhor suas funções, como eles interagem entre si e orquestram a belíssima sinfonia molecular dentro da cada célula. Assim, o ser humano começa a deslumbrar seu ‘livro da vida’, porém, permanece sem conhecer o ‘livro da vida’ de Deus (Apocalipse 3:5).

A Bíblia nos mostra um elemento central no projeto de Deus para salvação do homem: a fé. Porém, a fé não é uma característica biológica humana, ela não é herdada de nossos pais terrenos, portanto, não está em nosso DNA; ela vem de nosso Pai celestial (Efésios 2:8 [1]).

Fé e Genética: Um estudo sobre o sopro da vida
Tiago Campos Pereira é diácono e membro do grupo Ciência e Fé da Igreja Cristã Maranata, graduado em ciências biológicas pela Unicamp, mestre e doutor em Genética e Biologia Molecular pela Unicamp, com pós-doutorado pela Universidade de Cambridge

Por outro lado, verifica-se que pessoas de uma mesma família são geneticamente semelhantes e, devido a isso, diz-se que elas “possuem o mesmo sangue” – aspecto esse que tem fundamento na Genética, a ciência que estuda a transmissão das características biológicas ao longo das gerações.

Nesse artigo, veremos a relação entre fé e Genética, por meio do Sangue de Jesus – que é outro elemento-chave na Bíblia. Faremos paralelos simbólicos com duas abordagens: (i) a herança genética humana e (ii) a herança ‘genética’ de Deus Pai.

A herança genética humana

No velho testamento, o Senhor Deus apresenta especial zelo com os laços de sangue biológico (herança genética humana). Um exemplo notório é apresentado na busca por uma esposa para Isaque. Consciente da promessa de Deus, Abraão entendeu que Isaque não poderia se casar com uma mulher cananeia, cujos costumes e deuses eram diferentes. Nesse sentido, Abraão faz seu servo jurar que buscaria entre a sua parentela (os hebreus) uma esposa para Isaque (Gênesis 24:3-4 [1]).

Ele sabia que dentro de sua família existiam mulheres que haveriam de crer no mesmo Deus. Abraão, portanto, visava assegurar que seu filho Isaque perpetuaria uma descendência genética (sangue biológico) e fiel (isto é, que teria a mesma fé nele manifesta).

Para encontrar aquela que portava o sangue da família, o servo buscou na parentela; e para encontrar aquela que teria uma vida de fé, o servo de Abraão pede um sinal (“aquela que tirar água do poço, para ele e seus camelos”; Gênesis 24:14 [1]). Essa característica foi encontrada em Rebeca, que simbolizava a Igreja Fiel, a qual tem tido experiências com a fonte de águas que jorra para a vida eterna (João 4:14) [1].

A herança ‘genética’ de Deus Pai

A Bíblia nos relata que Jesus, como homem, não deixa uma descendência, evidenciando, assim, que a intenção de Deus Pai não era transmitir a fé biologicamente; porém, concedê-la diretamente ao homem, a partir dele mesmo – uma herança sua.

Porém, como essa característica é passada para o homem? Uma das alegorias que a Bíblia registra é denominada de o novo nascimento (João 3:3 [1]). Note que para o nascimento de um filho biológico, é necessário que pai e mãe contribuam com seus materiais genéticos; a criança é uma mistura genética de ambos (herança genética biparental).

Entretanto, no novo nascimento, isto é, quando aceitamos o Senhor Jesus como nosso salvador, nos tornamos filhos de um só Pai – nosso Deus (Efésios 4:6 [1]), temos um só genitor (herança uniparental) (Figura 1).

Portanto, tudo que recebemos vem de Deus Pai, em especial, a fé! Reiterando, é essencial entendermos que somos incapazes de gerar a fé verdadeira, ela precisa vir dele por meio da eleição (1 Pedro 1 [1]) – assim como Rebeca fora eleita por Deus.

O novo nascimento permite que herdemos a ‘genética’ do Pai eterno, e nos tornemos irmãos em Cristo. Em especial, recebemos um novo nome (Apocalipse 2:17 [1]), e temos uma nova morada celestial (João 14:1-3 [1])!

É interessante notar que, outrora, o foco do olhar de Deus Pai estava sobre o vínculo de sangue biológico (um povo – Israel). Entretanto, a partir de Jesus, durante o atual período da Graça, a atenção do amor de Deus está sobre o vínculo do Sangue de Jesus (um corpo – a Igreja). Sim, a Bíblia nos informa que a Igreja de Cristo é vista por Deus como um só corpo – os servos de Deus são membros desse corpo, unidos pela fé – o Espírito Santo é o sangue e Cristo é o cabeça (1 Coríntios 12 [1]). Notoriamente, as propriedades do corpo de Cristo são típicas da obra redentora [2] que suplantam, em diversos aspectos, aquelas que são próprias de um corpo da obra criadora [2], tal como a expectativa máxima de vida (abaixo dos 120 anos).

Isso é possível porque, conforme vimos anteriormente, quando o homem é eleito e passa pelo novo nascimento, ele adquire uma nova ‘identidade genética’, que nos proporciona diversas características espirituais da obra redentora, entre elas, a fé e uma vida celestial sem limite temporal. Por isso, a Bíblia nos doutrina que ao aceitarmos Jesus como nosso único e suficiente salvador, recebemos a vida eterna.

4. Conclusões.

A biologia do homem natural é incapaz de gerar fé, e sua genética limita seu tempo de vida. Quando Abraão enviou o seu servo para buscar uma esposa no meio da sua parentela, ele estava agindo dentro de uma profecia. Isto é, neste projeto eterno, Abraão que é tido como pai da fé (Romanos 4:11 [1], verso destacado abaixo do título) simbolizava profeticamente o próprio Deus Pai, transmissor dessa característica eterna para o homem.

Isaque, seu filho, era uma figura profética de Deus Filho – o Senhor Jesus. O servo de Abraão tipificava o Espírito Santo, que está em contato próximo com a noiva Rebeca – a Igreja. Essa última, por sua vez, precisava ser da mesma parentela, ter a mesma ‘identidade genética’, as mesmas características espirituais, entre elas, a fé. Somente por meio do novo nascimento é que herdamos a fé e o sangue da família celestial – o Sangue de Jesus – os quais possibilitam o homem natural ser identificado como um filho de Deus e se tornar um cidadão dos céus.

Portanto, observa-se que a fé é um aspecto-chave na Bíblia. Ele é o elo imaterial entre Deus e o homem. Possuíamos milhares de genes valiosíssimos em nosso genoma, herdados de nossos pais biológicos e que permitem nossa vida nessa terra. Porém, a fé é a herança de nosso Pai Celeste, a qual permite a vida eterna.

Fé e Genética: Um estudo sobre o sopro da vida

Figura 1

Figura 1. A herança genética humana (A) e a herança de Deus Pai (B). No nascimento biológico, herdamos a metade dos materiais genéticos de nossos dois genitores. No novo nascimento, herdamos tudo de nosso único Pai – a fé.

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