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sexta-feira, 19 abril 2024

18,8 milhões de famílias sobrevivem sem renda do trabalho

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Os dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor mostram que endividados representam 28,7% das famílias em maio. Foto: Reprodução

Nos domicílios de renda muito baixa, a perda foi de 2,8%, passando de R$ 1.106 em outubro para R$ 1.075 em novembro

Por Daniela Amorim (AE)

Cerca de 18,842 milhões de famílias brasileiras sobreviviam em novembro sem nenhuma fonte de renda obtida através do trabalho. O montante equivale a 27,25% de todos os domicílios do País. No primeiro trimestre de 2020, essa proporção era consideravelmente mais baixa, de 23,5%, o que ajuda a dimensionar o impacto da pandemia do novo coronavírus sobre o extermínio de vagas no mercado de trabalho.

Os dados são de um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) que teve como base os microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Covid (Pnad Covid) e Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), ambas apuradas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em novembro, 4,32% dos domicílios brasileiros, cerca de 2,95 milhões de famílias, sobreviveram exclusivamente com os recursos recebidos do auxílio emergencial, cerca de 300 mil a menos do que em outubro. A proporção de domicílios dependentes unicamente do auxílio emergencial alcançou 12,87% no Amapá, 9,59% no Piauí, 8,71% no Ceará, 8,31% no Maranhão e 8,29% em Roraima.

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Apesar da redução no valor do auxílio, que passou de R$ 600 para R$ 300 em setembro, os recursos ainda foram suficientes para superar em 35% a perda da massa salarial entre os que permaneceram ocupados em novembro.

O volume de recursos pagos pelo auxílio emergencial caiu de R$ 21 bilhões em outubro para R$ 16,5 bilhões em novembro, o que reduziu também a massa de renda efetiva das famílias. Embora a massa de renda efetiva obtida do trabalho tenha crescido e a proporção de domicílios exclusivamente dependentes do auxílio tenha diminuído, a massa total de rendimentos das famílias encolheu de R$ 274 bilhões em outubro para R$ 270 bilhões em novembro, ou seja, a melhora na renda do trabalho ainda não compensou a queda no auxílio.

A renda média total domiciliar caiu de R$ 3.851 em outubro para R$ 3.783 em novembro, uma redução de 1,76%. Nos domicílios de renda muito baixa, a perda foi de 2,8%, passando de R$ 1.106 em outubro para R$ 1.075 em novembro.

“Os resultados apresentados mostram que, principalmente entre os domicílios de baixa renda, o AE ainda foi relevante para a manutenção da renda média domiciliar em novembro, como tem sido desde o início da pandemia”, apontou o Ipea, na Carta de Conjuntura.

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