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quinta-feira, 25 abril 2024

Família e orientação profissional ajudam na escolha da carreira

Foto: Reprodução

Os jovens devem ficar atentos as características da família que podem refletir seu dom e seu diferencial e ajudar na escolha da profissão.

As provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) estão previstas para acontecer no mês de novembro e não é raro encontrar jovens que já estão estudando para o exame. Mas ainda existem dúvidas sobre a escolha da formação profissional.

Segundo o portal Estado de Minas, muitos ainda não sabem sua área de interesse, porque a conclusão do ensino médio representa não somente o fim de uma etapa acadêmica, mas também a definição da carreira.

Segundo a a coach Maria Antônia Oliveira, a família tem um papel importante neste momento decisivo.

“Cada vez mais, o jovem, absorvido por tantas demandas, sabe muito do mundo exterior e pouco de si mesmo. Dificilmente, esses momentos de ir bem na prova e escolher para que isso servirá, vão se separar, mas é possível torná-los menos angustiantes. Família e escola têm papel essencial, mas nada adianta se o futuro profissional não se voltar para si mesmo antes”.

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Para a professora do departamento de Psicologia e Coordenadora do Programa de Orientação Profissional da Universidade Federal de Minas Gerais (POP/UFMG), Delba Barros, as pessoas ainda imaginam que o processo é fundamentado em testes, apesar de a característica mais importante da orientação profissional atual ser proporcionar, acompanhar e ajudar o estudante a refletir.

“Ele precisa pensar quem ele é, do que ele gosta, quais são de fato seus interesses e suas habilidades, como é sua personalidade, o que lhe chama atenção de forma particular, para só depois conhecer também as áreas pelas quais se despertou e o mundo de trabalho onde se imagina”.

Segundo Delba, não dá para pensar o externo sem antes ter um bom referencial do interno. Para ela, a boa escolha é um casamento harmonioso desses dois lados.

MUDANÇA DE PLANOS

A dúvida era entre relações internacionais e direito, mas prestes a encerrar seu processo de orientação profissional, conduzido por uma psicóloga, Maria Vitória Arantes Mazão, de 17 anos, optou pelo jornalismo.

Isso reflete uma realidade que Beatriz Vilas Boas Marprates, orientadora educacional vê todos os anos. Segundo ela, há pelo menos três tipos de alunos: os certos do que querem, aqueles em dúvida entre um curso e outro e aqueles muito indecisos.

Para os dois últimos, passar por um processo de orientação é essencial, mas a especialista acredita que o processo seja importante até para aqueles que não julgam ter dúvidas.

“Porque eles não experimentaram ainda um processo de autoconhecimento, e nele tudo pode mudar”.

ACOLHIDA

Estudiosa das tendências em orientação profissional, a professora da UFMG Delba Barros chama a atenção para habilidades comuns na família, que, por isso mesmo, podem passar despercebidas.

“Às vezes, todos são tão organizados que o jovem nem percebe que aquela é uma habilidade que o diferencia.”

A especialista também se preocupa com o foco exacerbado das escolas no conteúdo, que pode afastá-las de um papel essencial de fomentar o processo reflexivo desde o início da formação.

Os professores, nos quais os alunos se espelham, devem estar atentos. “À escola caberia promover discussões e conversas sobre o mundo das ocupações”, sugere.

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