O Instituto Água Viva realizou uma expedição pelas margens do Rio São Francisco, com o objetivo de conhecer melhor as pessoas que moram na região
A intenção do Instituto Água Viva com a expedição no Rio São Francisco é mapear todas as regiões banhadas pelo rio, para entender os ribeirinhos e planejar ações que possam ajudá-los a ter uma vida melhor. Os projetos do instituto são bem planejados para promover o desenvolvimento do povo sertanejo.
A ideia é passar da região de Três Marias, em Minas Gerais, até o ponto onde o rio encontra o mar. Para isso, a expedição foi dividida em fases: a primeira incluiu a travessia de 180 quilômetros entre as margens dos municípios de Bom Jesus da Lapa e Ibotirama, no estado da Bahia. No total, 15 comunidades foram visitadas, superando a meta de apenas 10.
“Não existe nenhum levantamento a respeito dos ribeirinhos e dos que moram nas ilhas. Fazendo essa expedição, nós poderemos saber que tipo de projetos sociais serão feitos para favorecer essas pessoas. Nesta primeira fase, priorizamos a Bahia, onde o Instituto Água Viva já atua”, explicou Ezequias Ribeiro de Sousa, participante da expedição.
A segunda fase da expedição também foi feita e teve como objetivo navegar por 200km entre as margens dos municípios de Ibotirama até Xique-xique, ainda na Bahia. Conforme o andamento das visitas, as fases serão planejadas até que todo o território banhado pelo Rio São Francisco seja visitado.
“Apesar de eles terem água do rio, eles não têm água da vida. Então, eu clamo para que as pessoas se sensibilizem e dediquem um tempo para esse povo. Nós encontramos indivíduos tão esquecidos que acham que essa realidade é normal, e a gente sabe que isso não está correto”.
Ezequias Ribeiro de Sousa
O Rio São Francisco é o maior rio totalmente brasileiro, banhando cinco estados do território nacional. Sua imponência esconde em si um povo que muitas vezes é esquecido pela sociedade e por projetos sociais.
*Com informações do Instituto Água Viva