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terça-feira, 16 abril 2024

Ex-detento brasileiro retorna à presídio para compartilhar fé em Jesus

O Ministério Carcerário, liderado por Joymir Guimarães (de cinza) tem transformado a vida de centenas de presos. Foto: Divulgação

Joymir Guimarães é coordenador de um projeto que promove ressocializar detentos por meio da Bíblia 

Por Victor Rodrigues

Os presídios do país enfrentam o problema de superlotação. Segundo dados do Banco de Monitoramento de Prisões do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) o número de pessoas encarceradas no Brasil é de 820 mil, o equivalente a 50% a mais da capacidade ideal. 

Para mudar essa realidade, uma boa ressocialização é o melhor caminho para reduzir taxas de reincidência criminal no processo de reintegração do detento a sociedade. Nesse processo a religião ganha protagonismo. 

Preso no complexo penitenciário da Papuda, um dos maiores complexos penitenciários do país, Joymir Guimarães, teve sua vida transformada ainda na cadeia pela fé. Atualmente, reintegrado a sociedade, ele é o coordenador de uma nobre iniciativa: levar a Palavra de Deus aos presídios. 

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Posteriormente, ao retornar ao complexo penitenciário ele foi o primeiro ex-presidiário autorizado a levar alento aos detentos por meio de mensagens bíblicas. 

Ex-detento brasileiro retorna à presídio para compartilhar fé em Jesus
Joymir estava preso no complexo penitenciário da Papuda, um dos maiores do Brasil. Lá recebeu uma mensagem de esperança que mudou sua história. Foto: Reprodução / Arquivo pessoal

“A espiritualidade tem grande importância na reinserção e na ressocialização de quem sai de uma cadeia. Eu estava lá, jogado às traças, esquecido. A Igreja acreditou em mim e isso foi de extrema importância para minha ressocialização. Agora voltei para ajudar outros”, conta emocionado.

Juntamente com ele, voluntários participam das ações, como pastores, capelães, advogados e psicólogos. Durante as visitas eles conversam com os detentos e utilizam histórias da Bíblia para realizar momentos de reflexão.

Página Virada

Em parceria com o Ministério Público do Trabalho e a Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal, o “Ministério Carcerário” propõe estimular a leitura dos detentos.

O coordenador explica que a iniciativa auxilia na recuperação dos dependentes químicos, dá suporte aos familiares e incentiva a cultura por meio da ação intitulada “Página Virada”.

A cada livro lido no período de 30 dias, os presos fazem uma redação e precisam tirar uma nota mínima de seis pontos. As reuniões acontecem segundas e quintas-feiras, quando é realizada uma roda de conversa referente à leitura da semana. 

Alcançado o valor mínimo, diminuem a sentença em quatro dias. Por ano, o máximo possível de pena reduzida por meio da leitura equivale a 48 dias. No final do projeto, são realizadas avaliações das redações produzidas e as três melhores são premiadas.

“Ficamos muitos felizes com o resultado. O interessante, também, é como aplicamos as histórias do livro ao nosso dia a dia. Falamos sobre como sair da vida do crime, o que devemos fazer, quais são os caminhos, quais são as diretrizes. Os detentos passam a ter uma nova visão de vida e comentam que nunca haviam pensado desta maneira”, detalha.

*Com informações de Notícias Adventistas 

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