Através do projeto Evangelize Brincando, o senhor Cledevaldo fala do amor de Cristo para seus vizinhos e já conseguiu transformar a comunidade onde vive
Amizade e disposição para falar do amor de Deus! Foi o que fez Cledevaldo Paixão ao perceber na comunidade onde mora em Cuiabá, Mato Grosso, que, apesar de estar cheio de jovens, poucos conheciam Jesus. Para mudar essa realidade, ele decidiu implantar o projeto Evangelize Brincando.
Então, Cledevaldo começou a promover brincadeiras com os jovens do bairro como futebol e jogos de tabuleiro. A comunidade simples, que contava com poucas opções de lazer e rapidamente se envolveu com a proposta. Os pais passaram a acompanhar os filhos e em pouco tempo um grupo significativo de pessoas começou a se reunir aos domingos à tarde.
O projeto começou em 2013. “Antes de começar e quando terminávamos de jogar futebol, vôlei ou qualquer outra atividade, convidava todos para orar. Neste momento, as regras eram ditadas de forma muito clara: sem palavrão, deboche ou brigas. As atividades acabavam e já os convidava para que voltassem e participassem do culto de domingo à noite”, detalha Cledevaldo.
Amizade, o início para o evangelismo
Foram anos de encontros, diversão, amizades e discípulos feitos. A partir do projeto, sete pessoas estudaram a Bíblia e foram batizadas.
“Sempre acreditei que sem amizade não existe cristianismo. E que para fazermos amigos precisamos respeitar o estilo de vida das pessoas, mesmo quando não concordamos com as escolhas que fazem. Quando alguém levava cerveja ou cigarro, por exemplo, com muito carinho eu reforçava que os nossos encontros eram diferentes, que o espaço [era] cristão e sugeríamos que não trouxessem. A pessoa voltava no próximo domingo e não trazia mais”, explicou.
Pai da fé
Raysllan Costa morava em um bairro próximo, soube dos momentos de recreação e decidiu participar. Era muito tímido, de pouca conversa. Mas tudo mudou com o projeto. “Eu tinha 15 anos e não queria saber de igreja. Me senti acolhido por aquelas pessoas, que me mostravam o quão feliz é quem serve a Deus. Ficava impressionado com o fato de não ter competição ou das pessoas não brigarem durante os jogos de futebol”, aponta.
Foi em Cledevaldo que Raysllan passou a se inspirar. “Ele é muito simpático e carismático. Aos poucos, foi lidando com a minha timidez e logo me vi indo pedir seus conselhos. Quando me sentia perdido, ele falava: ‘não desiste de Deus. Ore, leia a Bíblia e sempre que precisar de alguém para conversar, pode me procurar’”, compartilha o jovem.
Raysllan começou a estudar a Bíblia e cerca de um ano depois foi batizado. “Fizemos uma decoração e preparamos um bolo para ele. Foi muito emocionante”, relembra Cledevaldo. Depois, a mãe do rapaz olhou para Cledevaldo e reforçou a importância do que havia acabado de acontecer: “Você é responsável pelo meu filho a partir de hoje!”, declarou a mãe.
Mesmo após tantos anos, eles continuam presentes um na vida do outro. “Ele me acompanhou em períodos complicados e me deu apoio até quando fui pregar pela primeira vez. O Cledevaldo é muito importante para mim! É meu pai da fé! Com ele aprendi que amizade é mais que um método de evangelismo, é um dom”, reflete Raysllan.