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sexta-feira, 7 DE fevereiro DE 2025

Evangelizar pode ser considerado assédio religioso?

Rapazes lendo a Bíblia em lugar público. Foto: Reprodução

“A Assembleia Legislativa do RJ tentou, há pouco tempo, aprovar lei contra evangelização. Com a eleição de Lula o receio é de que algum tipo de legislação tente parar a proclamação do Evangelho”, diz pastor.

Por Lilia Barros

O Projeto de Lei número 4257/2018 que dispõe sobre a proibição de assédio religioso em ambientes públicos e privados no Estado do Rio de Janeiro deu um susto na Igreja e nos pastores que atuam naquele estado. Porém, a bancada evangélica votou contra e não permitiu que o PL passasse.

Com a vitória do candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, o assunto volta a preocupar os cristãos cariocas. “Mas o que de fato configura assédio religioso?”, questiona o pastor Leonardo Távora, do Rio de Janeiro, que suspeita de perseguição e até de aprovação de uma legislação contrária aos princípios bíblicos sobre evangelização.

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“A Igreja pode sim sofrer algum tipo de perseguição, pode ser criado algum tipo de lei que tente parar a proclamação do Evangelho. Aqui no Rio de Janeiro, há pouco tempo, na Assembleia Legislativa, um parlamentar criou uma lei que dizia sobre o assédio religioso, ou seja, pessoas não poderiam abordar outras falando do Evangelho; entregar um folheto a uma pessoa e dizer:’Jesus te ama’, poderia configurar crime porque se a essa pessoa se sentisse constrangida poderia ir à delegacia onde seria constituído o assédio religioso, mas graças a Deus, devido a própria bancada evangélica, isso não passou. Mas é possível que algum tipo de lei nesse aspecto possa surgir”, afirma.

No entanto, o pastor se diz confortável porque a Igreja já sofre perseguição desde os seus primórdios mas a promessa de Cristo é de que as portas do inferno não prevalecerão contra a Igreja dele.

“Ainda que o inferno se levante usando o governo para tentar nos parar, nós vamos continuar atravessando anos, séculos, até que Cristo venha nos buscar, então é isso que me conforta: a palavra de Cristo diz que o mal não vai prevalecer contra a Igreja do Senhor, (Mt. 16:17,18). A igreja venceu Roma, a Igreja venceu o Coliseu e não vai ser um governo de quatro anos que vai nos parar.”

Inconstitucional

Em resposta ao questionamento do pastor sobre o significado de assédio, o advogado cristão Rodrigo Carlos de Souza esclareceu que significa constranger, intimidar, agredir causando dor ou angústia em alguém e que o Projeto de Lei sobre assédio religioso trata da violação da intimidade e privacidade da pessoa sem que ela permita.

“Esse PL é um absurdo, uma aberração, primeiro porque o povo evangélico não pratica isso, segundo porque se houver a tentativa de aprovar uma lei dessa natureza vai ferir a Constituição Federal que nos garante liberdade religiosa e a lei será considerada inconstitucional, inclusive essa ordenança de pregar a Palavra de Deus está na Bíblia (Mc 16:15). Eu nunca vi um evangélico praticar esse tipo de violação, porque ele entrega um folheto, convida para ir a igreja e a pessoa vai se quiser, nesse caso não há violação nem preconceito. Para não desrespeitar a intimidade ou privacidade de alguém basta fazer o que os crentes já fazem: se identificar e falar se a pessoa permitir, se ela não quiser, não precisa insistir”. 

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